sábado, julho 30, 2005
É só para avisar que vou estar ausente durante 3 semanas. Até lá, divirtam-se!
quinta-feira, julho 28, 2005
Beanie Sigel – The B.Coming (2005)
pelO Tipo
Gravado no espaço de tempo que decorreu entre ser considerado culpado de uma acusação federal de posse de arma e começar a cumprir um ano de pena de prisão, “The B.Coming” é o 3º álbum do rapper de Filadélfia Beanie Sigel. Uma produção impecável, juntando beats de soul, R&B para sustentar as rimas atiradas por Beanie (em conjunto com vários rappers convidados), ora em registo furioso, ora em lamento amargo, constroem um documento pessoal e emotivo do rapper. Depois de cumprir a pena de prisão, será novamente julgado, agora por tentativa de homicídio. Pois, rima melhor do que se comporta. Destaco “Feel It In The Air” (com Melissa), “I Can´t Go On This Way” (com Freeway e Young Chris) e “Bread & Butter” (com Grand Puba e Sadat X).
http://www.dashmusicgroup.com/
Amostras: Feel It In The Air | I Can´t Go On This Way | Bread & Butter
segunda-feira, julho 25, 2005
Mais um blog?!
pelO Puto
Criei mais um mini-blog, desta vez para os alinhamentos escolhidos pelo Tree Eléctrico. O do passado sábado no Clandestino já lá 'tá. Da próxima sessão, a decorrer no Radio Bar na próxima sexta, também irão lá constar as escolhas da noite. Mais uma vez convido-vos a aparecer.
sexta-feira, julho 22, 2005
The Tears - Here Come The Tears (2005)
pelO Puto
Desenganem-se aqueles que pensem que os The Tears são os Suede com outro nome. Pelo menos é assim que Brett Anderson e Bernard Butler, uma das duplas mais importantes da música britânica dos últimos anos, querem que pensemos. Mas ouvindo este disco é impossível não sentir o fantasma da banda génese.
Os Suede percorreram um óptimo caminho durante a década passada, mas tiveram uma carreira algo héctica a partir do momento em que Bernard abandonou o barco. O disco dos The Tears, infelizmente, não muda o gradiente de qualidade que os Suede vinham a descrever, que nem o retorno do primeiro guitarrista veio travar. É certo que a escrita de Anderson está mais madura, e até o som parece mais aprimorado, mas acho que a química entre os dois perdeu o chama de outrora. Há um punhado de bons temas, mas nenhum é aquele rebuçado pop nem aquela balada arrebatadora que as expectativas exigiam. Não o suficiente para que voltemos a acreditar verdadeiramente neles, apesar de ser o disco que mais se aproxima, ainda que a algumas milhas, do excelente "Dog Man Star". Chuif!
http://www.thetears.org/
Amostras: Autograph | Lovers | Apollo 13
quinta-feira, julho 21, 2005
Matthew Herbert – Plat du Jour (2005)
pelO Tipo
Combinando a consciência política de Radio Boy, o sentido de ritmo de Herbert e tendo subjacente o seu manifesto P.C.C.O.M. (Personal Contract for the Composition of Music), Matthew Herbert cria um libelo contra a standardização da comida na sociedade actual e as implicações inerentes, construindo músicas a partir da samplagem de sons relativos a comida e tudo o que gira à volta. Deste modo, é possível encontrar os sons de pessoas a comer maçâs em Istambul ou de um tanque Chieftan MK 10 a passar por cima de uma refeição igual à que foi servida a George Bush, quando foi a Inglaterra agradecer a Tony Blair o apoio à invasão no Iraque. Só ouvindo para ver como tudo isto parecendo estranho, soa muito bem. Desafiante no mínimo. Destaco “These Branded Waters”, “An Empire of Coffee” e “The Final Meal of Stacey Lawton”.
www.platdujour.co.uk
Amostras: Reprodutor no site de "Plat du Jour"
Não há duas sem três
pelO Puto
Depois da sessão do fim de semana passado no Log In (Mondim de Basto) e do próximo sábado no Clandestino (Aveiro), o Puto vai cruzar uns discos no Radio Bar, no próximo dia 29 de Julho (sexta). Este espaço situa-se na mui amada Invicta, mais propriamente na Rua de Miragaia, 167, junto à Alfândega do Porto. Agradeço o convite endereçado e extendo a proposta a todos os amigos e visitantes deste blog, caso se encontrem pelo Porto nessa altura. E não se esqueçam de se fazerem anunciar.
quarta-feira, julho 20, 2005
Jamie Lidell – Multiply (2005)
pelO Tipo
Hum, um inglês branco a cantar como se tivesse sido possuído pelo espírito do Otis Redding? Hum...
“Multiply” é o fruto de 5 anos de maturação and a fine job it is. Com uma voz e uma soulfull attitude a lembrar Sam Cooke, Otis Redding ou Stevie Wonder (mas sempre com um estilo próprio sem ser um pastiche), misturando referências da soul, funk, R&B dos anos 60/70 com uma produção milimétrica, Jamie Lidell consegue criar um disco com muita alma, lembrando um clássico da Stax ou da Motown. Destaco “Multiply”, “When I Come Around” e “A Little Bit More” para a banda sonora oficial do Verão.
http://www.jamielidell.com/
Amostras: Multiply | When I Come Back Around | A Little Bit More
DJ Dolores - Aparelhagem (2005)
pelO Puto
Ao ouvir o segundo disco do brasileiro DJ Dolores ressalta a paixão que ele nutre pelo nordeste brasileiro. É nessa região que ele busca e rebusca as coordenadas musicais que delimitam a salada exótica deste álbum.
Convidou a carismática Isaar para cantar na maioria dos temas, cujo timbre e entoação nordestina concedem uma inalienável referência. Mas não é só. Parte das formas musicais folclóricas (emboladas, maracatú, cirandas, samba e outras), com os seus ritmos típicos e melodias, ora melancólicas ora festivas, e acrescenta-lhes referências de outros lugares e tempos, como o dub, o reggae, o drum'n'bass, o rock e outras derivações electrónicas. Mas essa introdução não é invasiva, como comummente se vê em projectos de fusão. É simbiótica, quase um prolongamento natural. Para tal contribui a combinação de programações com músicos de carne e osso (incluindo orquestras populares e fanfarras) e vocalistas de mão cheia. É um resultado delicioso, com a temperatura agradável dos trópicos, mas que tão bem cai nas nossas latitudes mais requintadas.
http://www.crammed.be/zir/19/
Amostras: Prece | O Medo Do Artilheiro Na Hora Do Penalti, Parte 2
terça-feira, julho 19, 2005
Chain with no name 6
pelO Tipo
Então ora cá vai:
Jamie Lidell - Multiply
QOTSA - I Never came
Four Tet - She Moves She
Sufjan Stevens - Concerning The UFO Sighting Near Highland, Illinois
Gil Scott-Heron - Spirits
Jamie Lidell - Multiply
QOTSA - I Never came
Four Tet - She Moves She
Sufjan Stevens - Concerning The UFO Sighting Near Highland, Illinois
Gil Scott-Heron - Spirits
Chain With No Name 5
pelO Puto
Em resposta aos desafios do Skizo, do Spaceboy e do Kimikkal, o qual indicava "List five songs that you are currently digging. It doesn't matter what genre they are from, whether they have words or even if they're any good but they must be songs you're really enjoying right now. Post these instructions, the artist and the song in your blog along with your five songs. Then tag five other people to see what they're listening to.", aqui vai a playlist:
Gorillaz - Dare
Manic Street Preachers - To Repel Ghosts
Róisín Murphy - Sow Into You
Stars - Ageless Beauty
Stephen Malkmus - Pencil Rot
Vou desafiar estes amigos:
Tipo, Harry_Madox, Allen Douglas, MacAlentejano e Bapla.
Gorillaz - Dare
Manic Street Preachers - To Repel Ghosts
Róisín Murphy - Sow Into You
Stars - Ageless Beauty
Stephen Malkmus - Pencil Rot
Vou desafiar estes amigos:
Tipo, Harry_Madox, Allen Douglas, MacAlentejano e Bapla.
quarta-feira, julho 13, 2005
Róisín Murphy – Ruby Blue (2005)
pelO Tipo
“Ruby Blue” é o 1º trabalho a solo de Róisín Murphy, em parceria com o mago Matthew Herbert. As orquestrações luxuriantes de Herbert, combinando a big band de jazz com sonoridades R&B e os habituais artifícios electrónicos, enquadram a excelente voz de Róisín, resultando num álbum sofisticado e sedutor para ouvir sem restrições. Destaco “Leaving the City”, “If We’re in Love” (um dos melhores singles do ano) e “Sow into You”.
http://www.roisinmurphy.com/
Amostras: Reprodutor no site de Róisín
terça-feira, julho 12, 2005
Stephen Malkmus - Face The Truth (2005)
pelO Puto
Depois dos Pavement, extintos em 1999, alguns dos seus elementos prosseguiram carreiras a solo. Segui com mais atenção a de Stephen Malkmus, líder e principal compositor da banda. O primeiro registo, homónimo, não constituiu qualquer ruptura com o passado recente (leia-se “Terror Twilight”), apesar de apurar o sentido melódico e alguma anglofilia, que nos Pavement nunca foi plenamente assumida. Confesso que o segundo registo, “Pig Lib”, me desiludiu um pouco. Ou talvez foi por mim mal compreendido. O certo é que me fez distrair um pouco do artista que fez parte de uma das minhas bandas preferidas. Mas eis que surgiu “Face The Truth” há bem pouco tempo. E o Sr. Malkmus redimiu-se e reconquistou-me.
Há surpresa logo ao primeiro tema, com o groove de “Pencil Rot”, algo muito pouco frequente no passado do Ex-Pavement. E os sintetizadores e teclados, senhoras e senhores! Invadem por completo o som deste disco. As guitarras, salvo algumas excepções (caso de “No More Shoes”, épico com andamento a la Sonic Youth), são deixadas para segundo plano, e as linhas sintéticas constituem quer o tecido melódico quer os retalhos experimentais. Mas o ouvido não estranha. Até acha familiar esses temas entre os Pavement vintage e alguns novos caminhos mais subtis. É inevitável não trautear algumas aproximações à pop, pois este universo está no fim e não nos meios.
Li algures numa entrevista que Stephen Malkmus não leva a electrónica a sério. O certo é que, a brincar, a brincar, é ela que leva a melhor neste terceiro trabalho.
http://www.stephenmalkmus.com/
Amostras: Pencil Rot | I've Hardly Been | Baby C'mon
segunda-feira, julho 11, 2005
Dose Dupla
pelO Puto
O Puto e sua miúda foram convidados a passar música no Log In, em Mondim de Basto, no próximo sábado, dia 16 de Julho. Como se isto não bastasse, na semana seguinte, mais concretamente no dia 23 de Julho, o Puto, sob a identidade Tree Eléctrico, irá encher a cabeça dos frequentadores do Clandestino, em Aveiro.
Se quiserem aparecer, já sabem que serão benvindos, e façam-se anunciar.
Se quiserem aparecer, já sabem que serão benvindos, e façam-se anunciar.
sábado, julho 09, 2005
Rocky Marsiano – The Pyramid Sessions (2005)
pelO Tipo
“The Pyramid Sessions” é o resultado de uma viagem de Rocky Marsiano, alter-ego de D-Mars, produtor, DJ e MC, por velhos discos de jazz, ouvidos por quem tem o hip hop como coordenadas. Loops de jazz montados com imenso groove, nunca perdendo o hip hop de vista, com a participação de T-One (guitarra), D_Fine (voz), Nel'Assassin (pratos) e Rodrigo Amado (saxofone). I think this is the beginning of a beautiful friendship. Destaco “The Runaway Beat”, “Lx Extravaganza” e “Hold Of Me”.
http://www.looprecordings.com/
Amostras: Reprodutor Loop:Soundsystem
sexta-feira, julho 08, 2005
Kushinada San @ Bagaúste Dam
pelO Puto
O irmão do Puto vai apresentar ao vivo as suas composições electrónicas junto à famosa barragem de Bagaúste. Se estiverem pelos lados da Régua no próximo sábado, apareçam.
[Cliquem na imagem para ver o cartaz]
Gorillaz - Demon Days (2005)
pelO Puto
Ok, Damon Albarn fez aos Gorillaz aquilo que sabe fazer tão bem nos Blur: pop. Apesar da abordagem diferente a este conceito tão lato, é inevitável não pensarmos nos Blur. Quanto mais não seja porque a voz de Damon é mais frequente neste registo.
Não tenho dúvidas que há uma inteligência musical por trás do novo disco, que manipula o som, brincando com o dub, o funk, o hip-hop, o soul e até com o rock para obter um resultado harmonioso, coeso, que sensibilize as pessoas com sentido pop e não só. Os samples e programações convivem com instrumentos e vocalizações de forma tão perfeita que é impossível não gostar do resultado. É disco é quase um paradoxo, pois por mais calculista que seja o fundamento, é a emoção que ele desperta que nos causa mais impacto. Como um apaixonado que se empenha na perfeição.
A lista de convidados é quase interminável (o produtor Danger Mouse, os De La Soul, Roots Manuva, Neneh Cherry, MF Doom, Martina Topley-Bird, Shaun Ryder, o actor Dennis Hopper, etc.), mas as vozes emprestadas funcionam como outro instrumento qualquer nas mãos do frontman dos Blur, aqui com mais controlo que na sua banda de origem. Envolvências mais sombrias alternam com temas pós-aguaceiro, que dariam singles perfeitos. Todos pequenas peças perfeitas como só a natureza saberia proporcionar. Enfim, Gorillaz na Bruma...
http://www.gorillaz.com/
Amostras: O Green World | El Mañana | Dare
terça-feira, julho 05, 2005
Art Brut – Bang Bang Rock&Roll (2005)
pelO Tipo
Letras sobre o dia-a-dia, guitarras punk, a receita do quinteto londrino Art Brut para fazer um dos álbuns mais divertidos do ano. Tal como o seu nome indica, os Art Brut fazem do não se levarem a sério a sua atitude central, combinando as vocalizações irónicas de Eddie Argos sobre os seus assuntos mundanos com o rock em estado puro destilado pela banda, criando entretenimento em estado puro ou não é preciso fazer-um-ar-compenetrado-enquanto-tocamos-para-sermos-levados-a-sério, como infelizmente acontece com muitas das bandas actuais, cujo objectivo de serem the next big thing faz com que sejam meros sucedâneos com pouca substância. Ouçam “Formed a Band”, “Emily Kane”, “Moving to LA” e divirtam-se.
http://www.artbrut.org.uk/
Amostras: Formed a Band
segunda-feira, julho 04, 2005
Caribou – The Milk of Human Kindness (2005)
pelO Tipo
Dan Snaith, the artist formerly know as Manitoba (o nome foi alvo de uma disputa judicial), artesão da construção meticulosa de melodias, lança como Caribou “The Milk of Human Kindness”, colecção de músicas construídas camada-a-camada sobre loops de velhos discos e vocalizações folksy (dele próprio), criando um conjunto de melodias talvez saídas de uma big band cósmica, com gosto pela electrónica e kraut-rock. Um blend altamente viciante. Destaco “Bees”, “Brahminy Kite” e “Barnowl”.
http://www.caribou.fm/
Amostras: Bees | Brahminy Kite | Barnowl
domingo, julho 03, 2005
A cura para a dor
pelO Puto
Mark Sandman: 1952 - 03.07.1999
Os Morphine foram um trio, formado por Mark Sandman (voz e baixo de 2 cordas), Dana Colley (saxofones) e Billy Conway (bateria), que redefiniu (mais uma vez) o rock no início da década de 90, ousando fazê-lo sem guitarras. A voz melancólica e solta de Mark, o som lúgubre, denso e grave dos saxofones e a bateria downtempo ajudaram a injectar jazz no rock, conferindo-lhe sensibilidade, improviso e uma visão mais vasta. A tudo isto o nome da banda faz juz.
O álbum de estreia, "Good" (1992), possui um som rudimentar e pouco polido, anunciando-se como a semente de algo que iria ser grande. A dualidade jazz-rock é mais acentuada, com temas ora enérgicos ora devotos da introspecção.
Em "Cure For Pain", editado no ano seguinte, estilizava-se o som, e a identidade estava completa. A síntese era perfeita, os temas possuem uma força sugada à consternação, com odes subtis de libertação pelas drogas e hinos dançantes de celebração da ironia.
E a felicidade artificial é assumida em pleno com "Yes" (1995), disco onde a ironia está presente como nunca. Vivências e experiências são expostas em temas que nos deixam com um sorriso nos lábios porque cada uma sugere empatia na dose certa. Mark Sandman canta-nos aquilo que é nosso. É orgânico no sentido em que nos entra pelo corpo adentro, e este não estranha a intromissão. Muito pelo contrário, gosta e pede mais.
O disco seguinte ("Like Swimming", 1997) colhe os frutos do som instituido, mas fica aquém do brilho dos álbuns anteriores. Possui bons temas, mas o álbum, no seu todo, não se mantém tão bem de pé.
A despedida fez-se com "The Night" (2000), que possui uma aura nocturna, com variedade sonora e diversificação instrumental, apesar do cunho deles ser inconfundível. Prenúncio de uma possível viragem no som, que infelizmente não veremos desenvolver.
Tive o privilégio de assistir a um concerto memorável que os Morphine deram no dia 1 de Julho de 1999, no Praça Sony, dois dias antes de Mark Sandman tombar sem vida num festival em Roma. Os restantes membros formaram os Twinemen, mas a obra dos Morphine continua a sedar-nos a alma.
http://www.morphine3.com/
Amostras: The Saddest Song | Cure For Pain | Radar
sexta-feira, julho 01, 2005
M. I. A. - Arular (2005)
pelO Puto
"Que raio de música mais estranha!" foi a minha primeira reacção ao álbum de estreia de Mathangi Arulpragasam, inglesa mas com ascendência no Sri Lanka. E é realmente estranha. Senão vejam: M. I. A. tem uma pronúncia enrolada, uma voz atónica, uma entoação entre um MC jamaicano e um rapper hardcore, e tudo isto é sobreposto a ritmos sincopados, baixos sintéticos, samples dissonantes e ruidos provenientes de um Roland MC-505, um sequenciador também utilizado por outra one-woman-show - Peaches. O discurso é político e social, provavelmente pela costela política do pai, um Tigre Tamil. O resultado é uma sopa passada (com ossos e tudo) de dub, funk, hip-hop, electro, grime, música moderna africana (vulgo kuduro) e sei lá mais o quê, que muitas vezes se entranha mas esporadicamente atinge níveis quase insuportáveis, talvez devido a uma artificialidade em demasia. Vale-lhe a duração breve.
Ficava na dúvida se gostava ou não do álbum. Actualmente estou mais inclinado para a primeira hipótese. Mas o título de insólito ninguém lhe tira.
http://www.miauk.com/
Amostras: Pull Up The People | Bucky Done Gun | Hombre