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domingo, fevereiro 12, 2006

Music for the masses - Totó no concerto dos DM

 pelAnónimo 



O melhor: a versão de Behind the Wheel. Potente e dançável, apenas pecou por ser curta. As músicas cantadas por Martin Gore: conseguiram acalmar o êxtase permanente e as respectivas palminhas e tirar Dave Gahan semi-nu e pré-programado do palco por alguns (escassos) minutos. O Puto ter conseguido, certamente com um esforço sobre-humano, chegar até ao bar e trazer umas cervejas. O Pior (sem qualquer ordem em particular): The Bravery: Os DM apresentam-se nesta digressão com 3 bandas de suporte: Placebo, Franz Ferdinand e estes tristes Bravery. Foi Azar. O som: quem assistiu ao concerto dos Massive Attack no pavilhão Atlântico lembra-se de apanhar com uma barreira sonora asfixiante que fazia arrepiar as entranhas. No concerto dos DM o som, embora competente, chegava de chinelos a meio do pavilhão de tal modo que era possível acompanhar o decorrer do Benfica-União que passava nas televisões dos camarotes. O feedback em algumas músicas também não ajudou. O Público: quando os espectadores começam o concerto em êxtase antes do primeiro acorde é mau sinal. Os DM pediam palminhas e todos batiam, os DM pediam ao público para cantar o refrão e o público cantava. Toda esta emoção 'espontânea' foi programada certamente ao segundo, e não podia ter soado mais artificial. Dave Gahan: Ele é uma mistura de cigano (já ninguém usa aqueles coletes excepto na feira de Carcavelos) com um concorrente do Big Brother, tal é o número de tatuagens no tronco e braços. Dá a voltinha da praxe, tira o colete, a câmara foca o umbigo suado, as suburbanas entram em delírio. Dá uns agudos capazes de partir uma cristaleira mas ninguém pareceu notar. Martin Gore: Todas as grandes duplas de entretenimento têm o palhaço e o coitadinho. Gore faz com prazer o papel de deprimido gótico - que raio de bicho morto era aquele que lhe servia de chapéu? O cenário: Tudo parecia comprado à pressa numa loja chinesa: As luzes que enfeitavam os teclados e que era suposto criarem um ambiente sci-fi, aquela bola com uns painéis de LED's embutidos iguais aos que são usados nos talhos para anunciarem as promoções do dia. As palavras de ordem que iam passando na tal bola: "Love", "Sex", "Pain", "Angel" não primam pela originalidade, mas de qualquer modo conseguiram resistir ao "Salvem os canibais da Nova Guiné" ou "Bush sucks". A iluminação: As lâmpadas florescentes faziam lembrar uma pista de carrinhos de choque. O video wall já foi usado com mais sucesso num concurso da Serenella Andrade.

21 Comments:

Blogger Spaceboy disse...

Eu adorava ter lá estado e só tenho ouvido dizer bem...opiniões...Talvez vá a Alvalade em Julho.

12/2/06 9:42 da tarde  
Blogger kimikkal disse...

Sente-se um sabor a desilusão nesta crónica....

12/2/06 10:16 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

nao podia estar mais de acordo contigo

13/2/06 1:54 da manhã  
Blogger tartaruga disse...

Mas foi assim tão mau??

13/2/06 1:59 da manhã  
Blogger SGTZ disse...

É um facto que as bandas dos 80's estão a aproveitar a moda e a regressar em força, é um facto que há sons de que gosto mais, mas tb é um facto que escusavam de usar, a mesma roupa, os mesmos truques e o mesmo som...

Preciso de uma opinião: já ouviram o John Buttler Trio?

13/2/06 2:34 da manhã  
Blogger O Tipo disse...

Eh pá, não foi assim tão mau! Gostei do concerto, mas foi claramente previsível e eficaz no alinhamento (apesar do enjoy the silence ser a minha música preferida deles, não gostei da versão apresentada) e tudo à volta (luzes, ecrans, etc.). Era escusado aqueles palermas na 1ª parte, o som tão baixo e as filmagens das anquinhas a menear do DG...enfim, foi um concerto de consagração.

13/2/06 2:38 da tarde  
Blogger Nada disse...

Eu só vi DM, mas não concordo nada com o facto de ter sido assim tão mau, acho que foi exactamente o que se esperava da banda, já todos sabíamos para o que íamos, já todos sabíamos o alinhamento, já todos sabíamos, por termos visto as imagens dos concertos anteriores, é uma grande banda, concordo perfeitamente com a questão de ter sido um concerto de consagração, não seriam antes as nossas expectativas demasiado altas? bem, para dizer que eu gostei...

PS - E também gosto de B, acho que devíamos todos processar as agências que andaram a divulgar que o concerto começava às 21H30 que às 20H00 apenas se iriam abrir as portas...

:)

13/2/06 6:24 da tarde  
Blogger O Puto disse...

Eh pá, Totó, foste implacável na tua crítica. Eu realmente reparei que não estavas a adorar o concerto, mas não concordo com algumas apreciações. Como já alguém referiu, havia um elevado grau de previsibilidade, mas a emoção tem algum peso na apreciação do concerto. Gosto do modo como conjuram vários públicos (apesar de lamentável a presença excessiva de tantos ouvintes da RFM e afins), algures entre a banda de culto e a banda de estádio, e como se mantêm em forma (física e musical) ao fim de tantos anos. Apreciei os momentos de protagonismo do principal compositor, a emoção de ouvir os acordes iniciais de alguns temas e a voz poderosa de Gahan, a revisitação e o trabalho de vídeo. Os excessos, as falhas e os trejeitos, tanto no palco como no público, talvez sejam passíveis de ser apontados, mas como concerto de consagração (e mesmo sem ser por isso) foi bom+, apesar de pouco ter visto devida à minha altura. Contudo, confesso que não me deixaram extasiados nem me arrebataram como os New Order no ano passado.

13/2/06 7:49 da tarde  
Blogger Spaceboy disse...

Não fui nem ao concerto dos Depeche Mode, nem de New Order, mas é normal que os Depeche Mode não te tenham arrebatado como de New Order, uma vez que os New Order são os NEW ORDER! Não há muitas bandas que tiveram o impacto e têm o nível de superioridade dos New order.

13/2/06 8:54 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Concordo com o post.

Também eu esperava muito mais, achei o concerto muito fraco. E, não é por não gostar dos Depeche Mode [oiço-os desde que tinha 14 ou 15 anos, e, como já passei dos 30... Acho que, a rodagem, por assim dizer, é suficiente].

Vou a muitos concertos, frequentemente para ver músicos que quase não conheço. Tenho a ideia de que é em palco que as bandas se revelam realmente... Vou, sempre, com a esperança de que me deslumbrem com a sua música.
Estes, desiludiram-me.

A todos os níveis.

Já se tornaram dinossáurios.

unreal

PS: De onde estava, relativamente atrás, o som estava péssimo, quase abafado. Não teriam sido preferíveis duas datas no (ou nos) Coliseu(s)?

14/2/06 1:41 da manhã  
Blogger Planeta Pop disse...

ah...ah...ah...há muito que não me ria tanto (e não, não é um elogio)!
O texto não me merece mais comentários, pois ficou claro que o Totó não esteve no mesmo concerto que eu!
Abraços

Apenas um pequeno esclarecimento: nessa noite o Benfica jovaga com o Nacional e não com o União.

14/2/06 1:50 da tarde  
Blogger O Puto disse...

Presumo que a intenção do meu caro amigo Totó seria "let me show you the world in my eyes".

14/2/06 2:01 da tarde  
Blogger O Tipo disse...

Pois, só nos faltava mesmo o unbiased comment...

14/2/06 2:23 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

...unbiased comment?!?

Agora percebo porque és o Totó.

14/2/06 3:07 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

É verdade que houve uma parte de mim que adorou o concerto e outra que não.
Tótó, compreendo que não tenhas gostado, não viste que no lado da bola estava escrito "ENJOY" ???

Talvez tenha tido uma posição algo privilegiada no concerto, não notei nenhuns problemas de som.

Foi demais ... é tudo ...

14/2/06 4:49 da tarde  
Blogger Rosentau disse...

Infelizmente muito do que tu dizes está correcto.E olha que quem te fala tavez seja a maior "intrínseca " admiradora dessa gente,principalmente via,naturalmente,Gore e também Alan Wilder.Olha,o colete não tem mal...

15/2/06 2:06 da tarde  
Blogger M.M. disse...

És das poucas pessoas que ouço falar mal. Enfim, são gostos.
Claro que havia alguma previsibildade no concerto, afinal de contas, fomos bombardeados com imagens desta tour um pouco por todo o mundo. Mesmo assim, o lado emotivo de assistir aos Depeche Mode, uma banda que ouço desde os 15 anos (tenho agora 36) é algo que me fez lamentar não ter estado presente. O concerto no Alvalade não me escapa, isso garanto!
E não impliques com o Dave. Tenho uma grande admiração por ele, por hoje estar onde está depois da merda toda porque passou. Nem toda a gente consegue voltar de um sítio tão tenebroso como aquele onde ele viveu tanto tempo. E não me limito à questão da droga, nem do álcool, mas de um estado de depressão atroz.
Não sei se conheces o trabalho dele a solo: vale a pena; para mim, mais ainda que os DM. Como costumo dizer, there's a rock star inside of Dave Gahan that's screaming to come out!
O Dave é um entertainer nato. Dá tudo o que tem ao público. E essa coisa do colete já não se usar... escuta, prefiro mil Dave Gahans de colete, tronco nu e calcinhas justas do que os gajos que aparecem agora com o rabo das calças de ganga a roçar nos tornozelos, sem qualquer noção de estética e/ou elegância.
Resumindo: os DM são bons, o concerto deixou os verdadeiros fãs a delirar e o Dave Gahan continua a ficar bem com a mesma roupa que vestiu à 20 anos atrás. Quantos de vocês (homens) conseguem dizer o mesmo?

15/2/06 2:07 da tarde  
Blogger Unknown disse...

Muito bem tótó. desta vez não levas nas orelhas.

18/2/06 8:35 da tarde  
Blogger Unknown disse...

Uff! Finalmente encontrei mais alguém que partilha quase a mesma opinião que eu. Já tinha também escrito sobre o concerto e as opiniões coincidem na generalidade, excepto nos The Bravery, que gosto bastante.

22/2/06 7:51 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

por favor...toda a gente sabe que os depeche mode sao a melhor banda de sempre..o dave gahan é um dos meus idolos...davasme o bilhete e ficavas em casa...allez depeche

3/12/06 6:02 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

DEPECHE MODE....os melhores do mundo...tudo o que eles passaram pelos anos 90 ninguem imagina...é preciso ter classe pa ouvir o som do ENJOY THE SILENCE e do WORLD IN MY EYES..ass. ali g trolha17...ole dave

4/12/06 11:15 da tarde  

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