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sexta-feira, outubro 26, 2007

Há 10 anos é que era bom!

 pelO Puto 



Há tempos ouvi alguém dizer ou li nalgum sítio que o ano de 2007 não estava a ser nada de extraordinário em termos de edições discográficas, tal como o ano de 1997 não o tinha sido. Até posso concordar com a primeira, mas a segunda contraponho com um punhado (ou mais) de muito bons e excelentes discos, como o dos Radiohead, dos Spiritualized, dos Swell, dos Primal Scream, da Björk, dos Yo La Tengo ou dos Blur, entre outros.
Não quero com isto parecer saudosista. Apenas me apeteceu constatar e concretizar isto tudo num post.

terça-feira, outubro 23, 2007

Regresso às emissões

 pelO Puto 



Na próxima quinta (25 Out), e após vários meses de ausência, o Puto volta a seleccionar música na Invicta, em mais uma emissão nocturna no Radio (*).
(*) Antes que alguém reclame a falta de acentuação, esclareço que a designação deste belo bar se deverá ler "reidiou".

Esta semana a acariciar os ouvidos... do Puto

 pelO Puto 

The Little Ones - Sing Song EP
Norberto Lobo - Mudar De Bina
Prints - Prints
Thurston - Trees Outside The Academy

Puto @ Incógnito

 pelO Puto 



Quis-me parecer que a sessão da passada sexta (19Out) foi bastante animada, tanto para mim como para grande parte do pessoal que se deslocou ao Incógnito. Faço questão de agradecer à minha querida amiga Extravaganza (pelo apoio, pelas diligências, enfim, por tudo) e à sua mãe (obrigado pela honra da sua presença), aos meus amigos - Myself, Mr. S, Kraak, M. A., Batukada, malta do Norte, malta da Margem Sul - pela presença enérgica e entusiástica, ao Rai pela nova oportunidade, a todos os dançantes pelos divertidos momentos e à restante malta do Incógnito. A playlist está aqui.
No dia seguinte seleccionei música no Bar do Bairro, onde tive o prazer de conhecer o Strange Quark e o Joao. Depositei aqui o alinhamento dessa noite. Obrigado a todos os que puderam aparecer.

quarta-feira, outubro 17, 2007

Asobi Seksu – Citrus (2006)

 pelO Puto 



Citrus é um género de plantas da família Rutaceae, ordem Sapindales. Os seus frutos (laranjas, limões, limas, tangerinas, toranjas) são sumarentos e de sabor diverso, indo, no limite, do muito ácido ao dulcíssimo. É neste intervalo de gustação que a música dos Asobi Seksu se define.
Do trabalho de estreia para o segundo álbum há uma clara evolução. Os ritmos resultam mais dinâmicos, a guitarra encontrou um maior espaço e a sensibilidade pop está mais apurada. A voz doce de Yuki tece as linhas melódicas que acompanham o inglês e o japonês das palavras, expondo-se mais mas revelando uma segurança que afasta qualquer relação entre o timbre agudo, tão característico em vocalistas nipónicas (Blonde Redhead, Deerhoof, Pizzicato Five), e uma leveza algo desafinada. A guitarra de James Hanna exibe uma agilidade incrível, com inflexões e acordes que ora remetem para a densidade do shoegazing ora citam a simplicidade de um twee pop, como que anulando a diferença entre a visão masculina e feminina, no sentido em que é apurada e abrangente. James também dá uma preciosa ajuda dando voz a um tema e acompanhando Yuki aqui e ali. Os teclados preenchem os espaços intermédios, proporcionando ao conjunto uma aliança entre a harmonia e a robustez.
Apreciem este suculento doce, que não tem contraindicações.
Para ver ao vivo, na Casa da Música, no próximo dia 1 de Dezembro.
Sítio oficial dos Asobi Seksu
Asobi Seksu no MySpace
Videoclip de "Thursday"
Videoclip de "Goodbye"
Amostras: Strawberries | Pink Cloud Tracing Paper | Red Sea

segunda-feira, outubro 15, 2007

Esta semana a acariciar os ouvidos... do Puto

 pelO Puto 

Beirut – The Flying Cup Club
Deerhunter – Cryptograms
The Field – From Here We Go Sublime
Field Music – Tones Of Town

sexta-feira, outubro 12, 2007

ESTA SEMANA A ACARICIAR OS OUVIDOS... do Tipo

 pelO Tipo 

Madlib – Beat Konducta in India (vol.3/4)
The Heliocentrics – Out There
Shape of Broad Minds – Craft of the Lost Art
Black Kids – Wizard of Ahhhs EP

The National - Boxer (2007)

 pelO Puto 



Os The National já tinham dado que falar com “Alligator”, disco incisivo e emocional que evidenciava um fenómeno emergente, que ganhou alguma visibilidade só a partir do terceiro álbum. Aqui estamos perante um resultado pouco demarcado, algures entre um cenário luxuriante construído com poucos meios e uma modéstia que deixa antever um coração afável e complexo. O novo disco intensifica e aprimora todo este conceito, estabelecendo-os como uma banda de culto digna desse estatuto.
Não existe nenhuma fórmula evidente na música dos National, mas, como técnico que sou, tento sempre contabilizar as partes que originam um todo maior. A voz grave e sorumbática de Matt Berninger suporta na perfeição a espessura lírica, algures entre Stuart Staples e Ian Curtis. É inevitável, porém redutor, dizer que eles se movem no eixo imaginário, apesar de pouco extenso, que separa os Tindersticks dos Joy Division, mas essas duas figuras surgiram-me quando os ouvi pela primeira vez, e as primeiras impressões são, não poucas vezes, remanescentes. O certo é que a composição está melhor que nunca e a secção rítmica apresenta uma maior robustez e desembaraço, o que concede ao conjunto uma energia arrebatadora, semelhante a uma paixão compulsiva. O abalo daí resultante mexe não só com o miocárdio mas também com o resto do corpo. É essa uma das grandes mais-valias deste registo.
Não será propriamente um soco no estômago, como o título poderia sugerir, mas poderia muito bem simbolizar a comoção com que observamos De Niro em “Raging Bull”. Um dos discos do ano, que cativa um público cada vez maior.
Sítio oficial dos The National
The National no MySpace
Videoclip de "Mistaken For Strangers"
Videoclip de "Apartment Story"
Amostras: Fake Empire | Brainy | Guest Room

sábado, outubro 06, 2007

Von Südenfed – Tromatic Reflexxions (2007)

 pelO Tipo 



O encontro entre Mark E Smith, lendário vocalista dos The Fall, com Andi Toma e Jan St. Werner (Mouse On Mars), resulta agora no álbum “Tromatic Reflexxions”, um híbrido nascido das batidas sujas e delirantes dos MoM com a declamação desabrida e irascível de Mark E Smith. O resultado é um álbum em aceleração, no desafio permanente entre as camadas sonoras rugosas e as vocalizações a oscilar entre a declamação, os gritos e o balbucinar (incoerente). Podia ter corrido mal, mas acaba por ser melódico, narcótico e desafiador. Experimentem.
Destaco “Feldermaus Can't Get It”, “Flooded” e “That Sound Wiped”.
Site oficial dos Von Südenfed
Von Südenfed no MySpace
Videoclip de “Feldermaus Can't Get It
Amostras: Feldermaus Can't Get It | Flooded | That Sound Wiped