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quinta-feira, abril 26, 2007

Patrick Wolf @ Theatro Circo

 pelO Tipo 


Durante cerca de 1 hora, um insinuante Patrick Wolf guiou-nos através do seu mundo, entre a melancolia e as mil cores do fogo de artifício. O diálogo permanente entre o seu violino, o improvisado ukelele ou o piano com a violinista e o contrabaixo, sustentado nas teclas, electrónica e bateria, deram-nos uma fantasia pop, sendo irresistível no final o apelo da dança com “The Magic Position”. Retornando para o encore, cantou “Magpie”, com a voz de Marianne Faithfull samplada, e finalizou em toada disco, com mais uma vez todo o público a dançar à frente do palco, ao som de “Feels Like I'm in Love". Foi bonita a festa e esperemos que não tenha sido a última vez que o vimos em Portugal.

quarta-feira, abril 25, 2007

LCD Soundsystem – Sound Of Silver (2007)

 pelO Tipo 



Após um 1º album (e uma mão cheia de misturas e singles) em que os LCD Soundsystem deixavam pistas como um dos projectos mais interessantes na misogenação de várias influências novas e antigas, feitas de muitos anos a beber das melhores fontes, em 2007 surge "Sound of Silver". James Murphy constrói uma obra de amor e estilo, onde os sintetizadores analógicos, guitarras funk, a energia do rock e punk se mesclam artificiosamente com os ritmos electrónicos da dança. A dinâmica imposta em "45:33" está bem patente neste álbum, um verdadeiro tour de force de James Murphy e um dos discos mais excitantes dos últimos tempos.
Destaco “Someone Great”, “All of My Friends” e “Us V Them”. Está em grande forma este senhor!
www.lcdsoundsysyem.com
www.myspace.com/lcdsoundsystem
Amostras: Someone Great | All of My Friends | Us V Them

Bonnie 'Prince' Billy @ Theatro Circo

 pelO Tipo 



Após uma 1ª parte inarrável, Will Oldham apresentou-se em palco com aquele ar de quem acabou de chegar de uma floresta remota. Apenas acompanhado da sua guitarra e com a voz de Dawn McCarthy nos temas de “The Letting Go”, cantou os fantasmas encerrados nas planícies poeirentas de uma América profunda, através da sua voz trémula e encantatória. Revelando uma simpatia desarmante, foi conversando com o público, enchendo este espaço de cenários surreais e oníricos.

terça-feira, abril 17, 2007

Press? Sim, estou com muita press.

 pelO Puto 

O post sobre o novo disco dos Arcade Fire inaugura uma colaboração semanal do Puto com o semanário regional "Jornal do Douro". Será publicado em papel no dia 18 de Abril.

Arcade Fire - Neon Bible (2007)

 pelO Puto 



O caso do sucesso dos Arcade Fire reflecte também o sucesso da divulgação de música via internet. Pelas comunidades de cibernautas, a disseminação do culto foi crescente e foi um dos casos pioneiros de êxito das novas tecnologias. “Funeral”, o álbum de estreia, foi lançado em Setembro de 2004 e foi sendo conhecido por um número crescente de pessoas. Tal justificou posteriores edições em vários pontos do mundo nos inícios de 2005, tornando mais acessível o formato físico do disco. Algo arrebatador prendia o ouvinte à música do colectivo canadiano, quer seja pelo produto de valor acrescentado de influências como David Bowie, Talking Heads ou a vaga pós-punk de inícios dos anos 80, quer seja pelo resultado repleto de paixão e inocência. Complementarmente, como se pôde verificar no concerto em Paredes de Coura (2005), actuam de forma explosiva e projectam na audiência uma energia empática que fortalece os laços entre os intervenientes. Por tal motivo, havia grandes expectativas em relação ao segundo álbum.
Poder-se-ia esperar que o sucessor fosse assombrado por um comodismo, ou então por alguma cedência às pressões do sucesso e do estatuto, mas felizmente não foi isso que sucedeu. Os meios colocados à disposição do grupo redundaram numa concepção e produção que exponenciou a grandiloquência embrionária presente em “Funeral”. A paixão está lá, mas agora evoluiu-se para algo mais cerebral. Os elementos acrescentados, desde a multiplicidade rítmica ao estado sublime dos arranjos, passando pelo gospel, adensam o som de tal forma que se tange uma espécie de êxtase. Compare-se a versão original do tema “No Cars Go”, incluído no EP homónimo (já por si bom), com a abordagem aqui incluída e repare-se no notável melhoramento. Mesmo quando a voz de Win Butler parece afogar-se na sinfonia, sente-se que esse afundamento é doce, o que parece valorizar o seu esforço em prol da exposição da sua fragilidade. Destaco a intensidade dos temas, a assertividade ingénua das letras e o jogo natural entre a simplicidade e a complexidade. O que se perdeu em inocência ganhou-se em sumptuosidade.
Não se poderá nem se deverá fazer, para já, uma comparação directa dos dois trabalhos, pois é indispensável uma maturação do segundo, mas quase que posso assegurar que os Arcade Fire têm lugar marcado na história da música popular.
Nota: segundo as tabelas oficiais, “Neon Bible” ocupou os lugares cimeiros dos tops de vendas um pouco por todo o lado, incluindo uma segunda posição cá em Portugal.
Sítio oficial dos Arcade Fire
Arcade Fire no MySpace
Videoclip de "Intervention"
Amostras: Keep The Car Running | Windowsill | No Cars Go

sexta-feira, abril 13, 2007

Olhó videoclip fresquinho!

 pelO Tipo 

A secção "Teleputo e Vídeotipo" foi actualizada com mais um videoclip:

- The Shins: Australia

Brutal!

 pelO Puto 

Arcade Fire | Bloc Party | Bunnyranch | Clap Your Hands Say Yeah | The Gift | The Gossip | Interpol | The Jesus And Mary Chain | Klaxons | LCD Soundsystem | Linda Martini | The Magic Numbers | Maximo Park | Mundo Cão | The Rapture | Scissor Sisters | TV On The Radio | Underworld | X-Wife...
Vai ser uma brutalidade ver tanta banda em apenas 3 dias.

Bound Stems - Appreciation Night (2006)

 pelO Puto 



Que se poderá dizer de Chicago? Terceira maior cidade dos Estados Unidos (depois de Nova Iorque e Los Angeles), banhada pelo Lago Michigan, o que lhe sempre lhe conferiu uma posição privilegiada, favorecendo o comércio, a indústria e as vias de comunicação. Naturalmente também se transformou num pólo de cultura urbana, e em particular a nível musical. Lá surgiram pioneiros como os Ministry ou Gil Scott-Heron, figuras carismáticas como Patti Smith ou Rickie Lee Jones, sucessos como os Smashing Pumpkins ou Earth, Wind & Fire, nomes reconhecidos da cena alternativa como os Tortoise ou Wilco, grandes produtores como Quincy Jones ou John McEntire, novos valores do hip hop como Common ou Lupe Fiasco. Das inúmeras bandas indie rock que se formaram em Chicago, destaco agora os novatos Bound Stems.
À primeira audição, a música presente no álbum de estreia deste quinteto pode parecer estranha e dissonante. Bobby Gallivan parece um Isaak Brock esganiçado, as mudanças de ritmos e a complexidade destes pautam o registo, os temas são espessos e muitas vezes as estruturas e as melodias revelam-se pouco convencionais. No entanto têm alguns trunfos do seu lado: o filigrana entre o experimentalismo e a composição complexa, a voz doce de Janie Porche, as referências literárias, o controlo dos limites reflectido no equilíbrio entre o devaneio e a sobriedade. Todas estas tonalidades estão bem mescladas, o que demonstram que estudaram bem a lição estudada, com as disciplinas de pós-rock, de indie e de pop a instruirem a técnica para urdir este tecido de uma forma muito própria.
Este primeiro longa duração ecléctico e coeso merece ser ouvido vezes a fio até se sentir o seu intrínseco apelo.
Sítio oficial dos Bound Stems
Bound Stems no MySpace
Videoclip de "Wake Up, Ma and Pa Are Gone"
Amostras: Andover | Excelent News, Colonel | Risking Life And Limb For The Coupon

quinta-feira, abril 12, 2007

Um Clássico

 pelO Tipo 

terça-feira, abril 10, 2007

Esta semana a acariciar os ouvidos... do Puto

 pelO Puto 

Azevedo Silva - Tartaruga
Bexar Bexar - Tropism
Bunny Rabbit - Lovers and Crypts
Uzi & Ari - It Is Freezing Out

quarta-feira, abril 04, 2007

Bloc Party - A Weekend In The City (2007)

 pelO Puto 



Em inícios de 2005, os mui badalados Bloc Party lançaram o seu álbum de estreia, no qual conjugavam de forma fresca e jovem a energia do pós-punk com as distorções manipuladas dos Sonic Youth, resultando em fortes e musculados temas pop com guitarras acirradas e certeiras. A premência e uma certa pose arty despretensiosa presente tanto no discurso e na voz de Kele Okereke como na geometria sonora justifica o título do disco, revelando vectores que tanto apontam ao cérebro como ao corpo.
Passados dois anos, a tom de urgência desapareceu por completo. E parece-me que, com ele, também se foi a inspiração. A maioria dos temas de “Weekend In The City” soam-me insípidos e repetitivos, as composições vocais de Kele estão rígidas e sem brilho e o estigma do segundo disco caiu-lhes em cima. Apesar da arrojada produção e da adição de outros instrumentos (caixas de ritmos, teclados, cordas), esse investimento não chega para içar as velas e partir para bom porto, apesar da presença de alguns bons temas.
Há uns tempos perguntei a uma amiga minha se já tinha ouvido o novo disco do Bloc Party. Respondeu-me que ainda estava a disfrutar do álbum de estreia. A ela e aos que se encontram nesse ponto aconselho que continuem a disfrutar de “Silent Alarm”.
Sítio oficial dos Bloc Party
Bloc Party no MySpace
Videoclip de "The Prayer"
Videoclip de "I Still Remember"
Amostras: Song for Clay (Disappear Here) | Hunting For Witches | On

terça-feira, abril 03, 2007

ESTA SEMANA A ACARICIAR OS OUVIDOS... do Tipo

 pelO Tipo 

Nico: The Frozen Borderline: 1968-1970
Hipnótica: New Communities For Better Days
Amon Tobin: The Foley Room
Grinderman: Grinderman