Metacrítica?
pelO Puto
A propósito das críticas na Stylus Magazine sobre os novos discos dos Editors e dos Interpol, onde lhes cascam forte e feio, dei por mim a avaliar a influência do jornalismo musical na formação da minha opinião. Cheguei à conclusão que, apesar de não ter sido sempre assim, agora gosto bastante de ler opiniões e críticas musicais mas não me deixo influenciar minimamente por elas.
Já agora outra curiosidade: será que as bandas publicarão estas apreciações no seus sites?
24 Comments:
(Eu só conhecia o termo meta-análise...)
Os álbuns são assim tão maus para andares aos tiros às capas?
O gajo é maluco! Deu um A ao "Boxer" dos The National. Isso só se deveria deixar para o álbum do século! E o Boxer é muito bom mas comigo não levava A.
Acho que de tudo o que ouvi até hoje só para aí um Filigree & Shadow é que merecia um A. Mas claro, isto é só o meu mau gosto a falar... :)
Sim, disseram muito mal do novo dos Interpol, custa-me perceber porquê, porque estou a gostar imenso do disco. Já quanto aos Editors nunca fui o maior fã, por isso nem peguei no disco, até porque o single que por aí anda não me convence..
Os álbuns são fraquitos, mas tb não era necessário chicotear e arrastar os protagonistas pelas ruas...
Amiga Extravaganza, ainda é cedo para eu avaliar os discos, até porque ainda não ouvi o dos Interpol. Os tiros às capas simbolizam a apreciação que o pessoal da Stylus fez aos discos, com as quais provavelmente não concordo mas que me divirtem.
Quanto a isso do atribuir pontuação máxima a um disco, não poderia estar mais de acordo. "Filigree And Shadow" é um deles. Apesar de conter muitas versões, são temas com vida própria e de uma beleza avassaladora. Curiosamente, é o projecto This Mortal Coil que homenageio no meu artigo desta semana no Jornal do Douro. "Jeweller has a shop on the corner of the Boulevard...". :-)
Mas porque é que não pode dar um A a um disco? Nessa perspectiva, de cada vez que fizesse uma resenha teria de comparar com a memória colectiva da música contemporânea (só para balizar um bocadinho)...íamos andar a dar Bs/Cs o século todo até aparecer um OK Computer ou semelhante...
É por essas e por outras que não atribuo pontuações.
Na minha perspectiva pessoal, as críticas são importantes já que delas vou retirando muito do que vou conhecendo sobre música que de outra forma não me era possível, já que não constitui para mim a actividade principal. Também não dou muita importância às críticas especialmente depois de, em algum momento, já termos apanhado uma banhada com um disco que uma crítica lida nos levou a comprar. Mas também, com o tempo, vamos conhecendo o gosto das pessoas que fazem as críticas e acabamos por nos guiar mais segundo umas do que segundo outras. Por exemplo, a linha editorial em termos de preferências musicais de um Público ou de um DN são claramente delimitadas. Há certos discos que num lado são muito favoravelmente acolhidos e no outro desancados de cima a baixo.
De resto, estou com o Tipo, se algo nos move a dar um A a um disco, porque não? Se estiver sempre à espera que me chegue um Einstein às minhas aulas, o mais certo é não deixar ninguém passar à disciplina (até eu me passaria a questionar seriamente sobre a minha competência em dar aulas). Nesta coisa das expressões artísticas há sempre uma boa dose de subjectividade, mas que o tempo acaba sempre por ser bom conselheiro. Se daqui por 20 anos ainda se der um A a um disco, é porque deve mesmo ser bom...
Raios! Depois de reler o que escrevi salta-me uma contradição à vista. O que quero dizer é que considero as críticas importantes, mas também não lhes dou demasiada importância... No fundo, importantes no sentido informativo, nem tanto na formação da minha opinião.
a crítica musical ou outra qualquer deve ser utilizada por parte dos consumidores como uma forma de conhecer novas bandas, novas músicas e não como um opinionmaker.Todas as críticas que leio são uma forma de descoberta de coisas que não conhecia anteriormente e não uma forma de condicionar a minha opinião, apesar de ser difícil esse distanciamento.Com os anos torna-se mais fácil...
http://frankenweeniegoestohollywood.blogspot.com/
(ainda está no ínicio)
eu já ouvi os dois...e acho que os Editors, têm um bom album nada mais. Agora, Interpol...o album é fenomenal, e para mim nestas coisas o que conta é a nossa opinião, porque ainda ouvimos com os nossos ouvidos, não são emprestados!!!...o novo album dos Interpol é candidato a album do ano na minha lista e muito dificilmente não "ganhará".Aliás é um album para ouvir em "repeat", algumas vezes e depois é impossivel deixar de ouvir.
sim, certamente será apenas na tua lista...
Na minha tb. Disco excelente esse do Interpol. Não nova muito, mas mantém o pico de excelência da banda.
Não dou valor a críticas de música ou cinema. Devemos avaliar por nós mesmos. Os gajos que escrevem também possuem gostos e preferências que, por muito que se esforcem (ou não), não colocam de lado.
só na minha lista??
Este comentário foi removido pelo autor.
Noto bastante ironia e prepotência no teu comentário, e até cheira-me a elitismo.Certamente que ninguém tem os gostos iguais, ás vezes há convergências nos gostos musicais, e mal das bandas se todos fossemos iguais, e não há criticos ou "pseudo-criticos" com opiniões soberanas.Agora de certeza que a tua "lista" não é mais importante que as listas pessoais das outras pessoas.Os Interpol e o seu novo album de certeza que estarão no top de muitas outras listas e não só na minha!!!...será que os Interpol já não são cool???será que se o meu "VIZINHO" gostar de Zé cabra, eu, que ouço musica "cool", vou goza-lo e subir para o alto do meu pedestal, rir-me e sentencia-lo de foleiro...ou então vangloriar-me porque afinal sou o único que acha que o novo album de Interpol, é fantástico e que não ando a reboque de nada nem de ninguém!!!... é assim???
Pois, eu acho que não.Torno a dizer que o novo album de Interpol está em 1º na listas de muita gente, e ainda bem, quem diz Interpol diz outras bandas...
Acho que devias ter mais respeito pela musica e por quem gosta de música, sem elitismos e opiniões soberanas.Bem haja...
Caro huguito, por gostar bastante de música (e até bastante dos Interpol) é que critico, senão não tinha opinião. Por outro lado, o facto de teres uma opinião contrária à minha não quer dizer que eu não contraponha (com ou sem ironia). Assim, a minha opinião não é soberana, é minha, tal como a minha lista.
Caro Puto: Reserva-me, por favor, uma cópia do jornal onde escreveste sobre tão sublime álbum! Obrigado :)
a falar é que as pessoas se entendem, aliás esta é uma das capacidades que nos diferencia dos animais...e é discutir que expômos o nossos pontos de vista, neste caso sobre música, que nos leva ás vezes , como o fiz no outro post, a defender a aquilo que acho o correcto com afinco , é somente porque gosto...neste caso de música...por isso , e sem querer ferir susceptibilidades e respeitando a opinião dos outros exponho a minha opinião.
E também digo-te que não há má musica, há simplesmente alguma que nós não gostamos...
perdoem-me a linguagem, mas ate se os interpol espalmassem merda numa caixa de cd, sairiam vencedores
Quero reforçar a qualidade do novo álbum dos interpol. Mais uma vez, na minha opinião, (para não ferir susceptibilidades) os interpol demonstram toda a sua qualidade musical, não ficando nada a dever aos anteriores álbuns.
Para além da presença no superbock, estarei também em 7/7/2007 no coliseu.
Abraços
também estarei no coliseu, mas em 07/11/2007. :)
Nada como ouvir os álbuns para termos uma verdadeira apreciação do produto. Já tinha lido as críticas a que te referes: se para o lado dos Editors até têm razão, no caso dos Interpol, acho um perfeito disparate o que por lá vai. 'Our Love to Admire' não é de facto um "grande" disco, mas a apreciação foi demasiado negativa e um pouco nonsense.
Já sei que andas a curtir o novo dos Editors, mas para mim, foi uma decepção, como sabes. :(
Hugzz!
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