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terça-feira, março 18, 2008

Uma autêntica arma de raios!

 pelO Puto 



No passado sábado, no concerto que os Wraygunn apresentaram no Teatro de Vila Real, a presença de muito mais público do que há 3 anos vem comprovar o culto crescente do público português pela banda conimbricense, e esse sucesso, diga-se merecido, tem-se expandido a outros países da Europa, principalmente em França.
A preceder a banda principal estiveram Sean Riley & The Slowriders. Três meses depois de terem estado em Vila Real a dar a conhecer o álbum de estreia num formato acústico, apresentaram-se como um trio, com destaque para o multi-instrumentista Filipe Costa, ex-Bunnyranch, que simultaneamente se ocupava das percussões e teclados. As melodias serenas do folk e o do blues apresentam, ao vivo, uma projecção mais rock, colocando a voz planante de Sean Riley entre os pântanos do Mississipi e um pub fumarento.
Depois de um curto intervalo, e após uma breve introdução patrocinada por uma boa marca de whisky irlandês, entrou em cena o septeto aguardado, saudado com imensos aplausos. Formado das cinzas e cruzamentos com outras bandas de Coimbra (Tédio Boys, Belle Chase Hotel), despejaram o caldeirão efervescente de blues, rock’n’roll, gospel e soul com roupagens contemporâneas sobre a audiência, que se rendeu logo ao primeiro tema, “Ain’t It Nice". Os mais jovens (que eram muitos), bem conhecedores dos temas da banda, acorreram logo para a frente do palco, dando largas ao impulso dançante que a música proporciona, onde a energia, a mestria, a destreza e o groove do colectivo se revela. São todos excelentes executantes, com especial destaque para as vozes de Raquel Ralha e Selma Uamusse. Percorreram grande parte de “Shangri-La”, recuperaram alguns temas de "Eclesiastes 1.11" e revisitaram os Kinks com “You Really Got Me”. Paulo Furtado, um autêntico animal de palco, ainda teve tempo para inquirir a plateia sobre a felicidade individual e praticar um corajoso stage diving. No encore ainda convidaram Sean Riley e um Slowrider para os acompanhar, fechando com chave d’ouro.
No final, Paulo Furtado confessou-se cansado, mas isso (felizmente) não transpareceu no palco. Provaram-me, mais uma vez, que são a melhor banda portuguesa da actualidade, quer em disco quer ao vivo. A festa prosseguiu na Espontânea.

4 Comments:

Blogger Joao disse...

concertos onde o Paulo Furtado ponha o dedo, são sempre uma incógnita. mas incógnita, apenas para saber se será muito bom ou excelente. seja a solo ou qualquer outro dos seus projectos/bandas, vai tudo à frente.
a última vez que o vi, no ano passado no Oeiras vestindo a pele de Wraygun, não deixou os créditos por mãos alheias.. ah não deixou não!!!
abraço!

19/3/08 4:55 da tarde  
Blogger O Caso de Charles Dexter Ward disse...

Esta banda é um portento!

26/3/08 9:46 da tarde  
Blogger vermelho como a estrada disse...

Confere isto:

http://www.divergencias.com/news/news.asp?idnews=3415&idseccao=1

8/4/08 12:26 da manhã  
Blogger O Puto disse...

O sucesso progressivo da banda é bem merecido, bem como a participação nesse filme. Os Azembla's Quartet, que integram alguns membros dos Wraygunn, também compuseram e participaram no mui recomendável "Esquece tudo o que te disse".

8/4/08 10:23 da manhã  

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