Vampire Weekend - Vampire Weekend (2008)
pelO Puto
Muito se tem dito sobre os Vampire Weekend. Originaram burburinho durante o ano passado, com um par de singles, e lançaram há bem pouco tempo a prova de fogo. Com ou sem hype, o certo é que este jovem quarteto nova-iorquino produziu um álbum que acaricia os ouvidos e faz mexer o pé.
Das várias influências abertamente expressas no disco, destaca-se o óbvio indie pop, aos quais acrescentam, de forma nada invasiva, ritmos e linhas instrumentais da África ocidental subsariana, elementos neoclássicos (muito evidentes em “M79”, onde um quarteto de cordas acompanha o restante ensemble na perfeição) e apontamentos jamaicanos subtis via reggae/ska. É notável aquilo que conseguem com a combinação típica guitarra – bateria – baixo aliada a teclados ubíquos, convidando à dança com ritmos variados e, não poucas vezes, sob dois andamentos. Ainda sondei as letras, algo surreais e repletas de referências geográficas, mas trauteáveis e pródigas em musicalidade.
É um álbum breve e directo que, sobretudo, exala a juventude dos seus membros, com alguma irreverência, inconsequência, músculo e frescura, típicos nessa fase da vida.
Sítio oficial dos Vampire Weekend
Vampire Weekend no MySpace
Videoclip de "Mansard Roof"
Videoclip de "A-Punk"
Amostras: Cape Cod Kwassa Kwassa | M79 | Walcott
9 Comments:
inconsequência parece-me ser um bom termo...
Digam o que quiserem, apontem as referências e os plágios todos que entenderem, mas ninguém me tira da ideia que este é um grande álbum.
está meio caminho andado para se tornar no meu disco do ano!
É bom... o sonoro faz-me pular!
Grd abraço!
Sem serem maus (longe disso), não os vejo como merecedores de tamanho buzz. Estou com o Tipo: inconsequência é mesmo o termo certo.
Abraço
E eu estou com o Tipo e o M.A. O disco é um bom disco, os artistas são bons artistas, mas não os consigo achar melhores nem piores do que outras bandas que têm aparecido e desaparecido sem deixar grandes marcas.
Abraços
Criaram um som "fake" muito interessante, fica logo no ouvido, mas não será um disco para figurar nos melhores do ano.
Abraço
Os hypes serão sempre e apenas isso. O que nos move a gostar mais de uns do que de outros não creio que siga essa tendência generalizada amplificada pela imprensa "esclarecida". Na minha opinião, e atendendo a que apenas ouvi duas composições dos ditos, não me exultam nada por aí além e nem ninguém ainda me convenceu que o centro da música agora é em Brooklin. Mais uma vez, parece-me as mentes "esclarecidas" a apontar a tudo o que mexe naquela zona, qual grupo de caçadores que recebe uma dica de que naquele sítio é que há boas peças para caçar. Entretanto, muitos outros continuam a passar despercebidos...
um abraço
Diga-se o que se disser, um disco, para mim, monumental. Para disco de estreia, está ao nível dos Foals, dos The Whip ou dos Hercules & Love Affair. Não há uma canção neste disco que seja de pura melancolia do género "ah vamos tentar mostrar outro lado nosso". Ao disco de estreia, eles são assim: irreverentes e mais Talking Heads-lembrando-temas-como-a-inevitável-"Road To Nowhere" não podem ser.
Cheers...
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