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sexta-feira, setembro 26, 2008

ESTA SEMANA A ACARICIAR OS OUVIDOS... do Tipo

 pelO Tipo 

Nils Peter Molvaer – Re-Vision
Flying Lotus – Los Angeles
Fujiya & Miyagi – Lightbulbs
Move D & Benjamin Brunn - Songs from the Beehive

quarta-feira, setembro 10, 2008

Holiday, celebrate

 pelO Puto 



Antes de partir para férias durante duas semanas, o Puto estará a seleccionar temas musicais no Cinema Paraíso (Leiria) e no Bar do Bairro (Lisboa) na próxima sexta (12) e sábado (13), respectivamente. Se aparecerem, podem cumprimentar-me que não mordo.

The Mary Onettes - The Mary Onettes (2007)

 pelO Puto 



Só poderia ser a Labrador, fábrica pop que divulgou de nomes como Acid House Kings, The Radio Dept. ou Sambassadeur, a responsável pela edição do disco de estreia deste quarteto sueco, que encontra o seu ponto de partida na música melancólica dos eighties. Nomes como os The Cure, Joy Division, A-ha, Echo & The Bunnymen, New Order, Smiths ou Jesus & Mary Chain são influências mais que óbvias e responsáveis pela feitura destes dez temas emotivos, ritmados e introspectivos, repletos de familiaridade e que recontextualizam, de forma aberta, assumida, sem artifícios nem presunções, o que essa franja musical representava e representa. Não observava tal genuinidade na apropriação destes terrenos sonoros desde o álbum das The Organ. Um disco belo e intenso, que poderá ser visto e ouvido ao vivo nos dias 29 de Setembro e 1 de Outubro, no MusicBox (Lisboa) e n’O Meu Mercedes (Porto), respectivamente.
Sítio oficial dos Mary Onettes
Secção dos Mary Onettes na Labrador
The Mary Onettes no MySpace
Videoclip de "Pleasure Songs"
Videoclip de "Explosions"
Amostras: Lost | Void | Still

Beck - Modern Guilt (2008)

 pelO Puto 



Aquilo que iria ser uma simples colaboração com Danger Mouse num ou dois temas resultou nos préstimos de produção e participação deste no último disco do Beck. Desde o excelente e ambicioso “Sea Change” que Beck Hansen tinha vindo a baixar de forma (embora nunca a pique, como tantos outros), ao ponto de eu apenas ter ouvido “The Information” duas ou três vezes e ter arrumado o CD na prateleira. Talvez o grande defeito desse álbum seja a duração, algo que era perfeitamente sustentado em “Odelay”, “Midnite Vultures” e “Sea Change”.
A lufada de ar fresco introduzida pelas batidas e programações de Danger Mouse é perfeitamente disseminada no método compositivo de Beck, que se ocupa também de grande parte dos instrumentos, e tudo é condensado num curto disco com dez temas. A leveza pop, o psicadelismo, a oscilação entre a luz e as trevas, o groove, a fulgência dos arranjos de cordas, as guitarras certeiras, as baladas de travo folk, são alguns dos ingredientes para que este álbum, um dos mais descomprometidos e homogéneos da sua carreira, reforce a sua identidade, já facilmente reconhecida como tal, e me faça acreditar novamente neste americano notável com a mesma força de antes.
Uma nota apenas: a tão badalada participação de Chan Marshall (a. k. a. Cat Power) é quase imperceptível.
Sítio oficial de Beck
Sítio oficial de "Modern Guilt"
Beck no MySpace
Videoclip de "Orphans"
Videoclip de "Gamma Ray"
Amostras: Chemtrails | Modern Guilt | Profanity Prayers

Duffy - Rockferry (2008)

 pelO Puto 



Quando começaram as comparações de Duffy com Amy Winehouse (como se esta fosse a salvadora da soul em solo britânico, quando a coitada da rapariga nem a ela se consegue salvar), imaginava uma imitadora oportunista, com os mesmos métodos, trejeitos e abordagens. O single “Mercy” dava a impressão que o disco estaria repleto de temas sincopados, como se uma adaptação da northern soul às linguagens modernas se tratasse. Estava enganado, uma vez que este cartão de visita não é, de todo, representativo, demonstrando que a imprensa e a indústria estão mais interessadas na criação de fenómenos que na legitimação artística. Faria mais, ou melhor, algum sentido, a comparação com Dusty Springfield, mas fiquemo-nos por aqui neste jogo de similaridades.
Aimee Anne Duffy é dona de uma voz quente, concentrada, versátil, ora forte ora cândida, A impressa neste disco é devedora a um registo mais clássico, contribuindo para isso o rol de produtores e co-compositores, tais como Bernard Butler, algo experiente nestes territórios, e que aqui se assume como uma espécie de Phil Spector. A maioria dos belos temas são baladas e canções pop midtempo, ora acompanhadas à guitarra e/ou piano ora ornamentadas por arranjos de cordas inspirados em Burt Bacharach, com Duffy ao centro, deambulando por emoções e experiências de amor, dor e rendição. Não era o que estava à espera, mas fiquei agradavelmente surpreendido e deposito aqui a minha esperança.
Sítio oficial de Duffy
Duffy no MySpace
Videoclip de "Rockferry"
Videoclip de "Mercy"
Videoclip de "Warwick Avenue"
Amostras: Serious | Syrup & Honey | Distant Dreamer

segunda-feira, setembro 08, 2008

Esta semana a acariciar os ouvidos... do Puto

 pelO Puto 

Black Kids - Partie Traumatic
Cut Copy - In Ghost Colours
Kate Nash - Made Of Bricks
Laura Marling - Alas I Cannot Swim

quinta-feira, setembro 04, 2008

The Last Shadow Puppets - The Age of The Understatement (2008)

 pelO Puto 



Confesso que não acho assim muita piada aos Arctic Monkeys (o nome, juntamente com Vampire Weekend, são dos piores que vi nos últimos anos). Reconheço que são uns rapazes cheios de vigor, que abordam o rock de forma consciente e enérgica, criando grandes empatias com o seu público, seja pela garra das suas guitarras e ritmos, seja pelas letras incisivas do prolífico Alex Turner. Foi duma afinidade deste com Miles Kane, vocalista dos The Rascals, que nasceu este projecto, onde a paixão pela pop barroca dos 1960’s e 70’s, protagonizados por Scott Walker ou David Bowie, foi a ponte de partida.
Após várias audições, não pude deixar de me surpreender pelo produto desta colaboração, que, apesar de ser considerada paralela, tem uma personalidade própria que me apraz ainda mais. Há vários contrastes entre os AM (e os Rascals, já agora) e os LSP. O mais óbvio é a própria sonoridade, contrapondo-se o rock musculado com a pop grandiloquente. Outro será a nível temático, predominando a consciência social e uma certa fúria nos AM, enquanto que nos LSP o plano pessoal e a visão romantizada estão na mó de cima. Os arranjos luxuriantes de Owen Pallett, intrepretados pela London Metropolitan Orchestra, e a produção de James Ford (metade dos Simian Mobile Disco), que também se ocupou da bateria, garantem o complemento indispensável às belas melodias e às vozes entrelaçadas, que oscilam entre ritmos galopantes e atmosferas de veludo. São doze sinfonias breves que viciam e encerram em si uma maturidade e uma frescura encantadora.
Apesar da distância, este disco fez-me gostar um pouco mais dos Macacos do Árctico.
Sítio oficial dos The Last Shadow Puppets
The Last Shadow Puppets no MySpace
Videoclip de "The Age of the Understatement"
Videoclip de "Standing Next To Me"
Amostras: Only The Truth | My Mistakes Were Made For You | The Meeting Place