Gorillaz - Demon Days (2005)
pelO Puto
Ok, Damon Albarn fez aos Gorillaz aquilo que sabe fazer tão bem nos Blur: pop. Apesar da abordagem diferente a este conceito tão lato, é inevitável não pensarmos nos Blur. Quanto mais não seja porque a voz de Damon é mais frequente neste registo.
Não tenho dúvidas que há uma inteligência musical por trás do novo disco, que manipula o som, brincando com o dub, o funk, o hip-hop, o soul e até com o rock para obter um resultado harmonioso, coeso, que sensibilize as pessoas com sentido pop e não só. Os samples e programações convivem com instrumentos e vocalizações de forma tão perfeita que é impossível não gostar do resultado. É disco é quase um paradoxo, pois por mais calculista que seja o fundamento, é a emoção que ele desperta que nos causa mais impacto. Como um apaixonado que se empenha na perfeição.
A lista de convidados é quase interminável (o produtor Danger Mouse, os De La Soul, Roots Manuva, Neneh Cherry, MF Doom, Martina Topley-Bird, Shaun Ryder, o actor Dennis Hopper, etc.), mas as vozes emprestadas funcionam como outro instrumento qualquer nas mãos do frontman dos Blur, aqui com mais controlo que na sua banda de origem. Envolvências mais sombrias alternam com temas pós-aguaceiro, que dariam singles perfeitos. Todos pequenas peças perfeitas como só a natureza saberia proporcionar. Enfim, Gorillaz na Bruma...
http://www.gorillaz.com/
Amostras: O Green World | El Mañana | Dare
9 Comments:
Algumas músicas do primeiro gostei bastante, eram diferentes e suficientemente fora do normal para me cativaram, outras nem por isso, estava dividido. Agora este que já está na lista dos próximos, espero não ficar entalado outra vez...
É mesmo muito bom este novo disco dos Gorillaz, um passo em frente na música de hoje em dia.
Gostei do primeiro, sobre este ainda não me decidi, mas tem alguns bons temas...
Muito bom! Isto é mesmo o laboratório de experiências do Damon Albarn e a "troca" do Dan The Automator pelo DJ Danger Mouser trouxe outro tipo de sonoridades que encaixam na perfeição.
E depois de ler o teu post, desisti definitivamente do meu. Realmente um grande álbum...
Parabéns, que grande arrazoado de lugares-comuns! O DJ Danger Mouse pode não ser melhor que o Automator, mas sem dúvida que actualmente é muito mais interessante (basta ver o Grey album)
Estou a ver que o segundo álbum dos Gorillaz está longe do consenso. Acredito que alguns gostem mais do primeiro, mas não existe nenhum fosso gigante entre os dois álbuns.
Ao A. Dega: alguns reparos ao teu comentário:
- O primeiro álbum dos Gorillaz, apesar de ser bom, não passava de um projecto paralelo de Damon Albarn. Aqui é assumido com nome próprio;
- O trabalho de Danger Mouse, se é que foi decisivo, contribuiu grandemente para a maturidade musical deste disco. E com isto não digo que ele é melhor que Dan The Automator, mas sempre julguei que a obra refectisse o talento do seu criador.
- O Hi-Pop é mais sério que o Hip-hop porquê?
- Há para aí umas cedilhas e uns acentos graves a mais na tua escrítica.
- Gostei muito da expressão "eu já não digo mais nada...".
Mau ou bom (eu acho-o bom), Demon Days é das poucas coisas NOVAS que surgiram este ano.
Copiar bandas dos 80's é fácil, inventar algo novo é mais difícil...Louve-se o esforço.
Beemmmm... cá venho eu a tentar acalmar as hostes, LOL. De facto este álbum é estranho (pelo menos para mim... uns dizem "1 passo à frente" outros dizem "2 passos...", pois naum sei... Naum pensei mto no assunto. Certamente naum é um álbum que entra à 1ª como o anterior. Reservo a minha opinião para dias futuros pois naum tenho ouvido mto este CD. Confesso (mea culpa).
Continuando... Puto, fantásticos reparos ao comment do Dega. Já agora, esclarece aí ao ppl, Dega, pq o hi-pop é + sério ke o hip-pop. Tb estou curioso. O que é isso "de sério"? LOL. Efectivamente havia para aí umas cedilhas já não muito usuais...
Graham Coxon :) Rules! That's when I reach for my revolver!
Hugzzz consensuais
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