Oporto bai naite
pelO Puto
Quem me conhece sabe da minha paixão pelo Porto. Estudei por lá durante 5 anos, fiz novas amizades, reforcei outras e criei laços inquebráveis com esta cidade. Para além do encanto de certos espaços eternos ou efémeros, presos entre ruas estreitas e cinzentas, e do magnetismo abrangente da Invicta, foi nela que aprendi a gostar de sair à noite e a criar alguns hábitos difíceis de abandonar. Para mim componentes fundamentais para uma noite divertida e preenchida são a boa companhia e a boa música. Procuro sempre conjugar as duas, uma vez que a receita dá sempre resultado. Como resultado da procura da segunda, frequentei e frequento, sempre que posso, vários espaços no Porto, uns que já fecharam, outros que abriram e outros que ainda perduram.
Nos tempos da faculdade recordo-me do saudoso Café Luso (para iniciar a noite), do Maldoror, do Mercado, do Swing, de algumas festas na Number One, do Batô, do Pinguim, do Cordoaria e dos grandes O Meu Mercedes É Maior Que O Teu e Meia Cave.
Quando comecei a trabalhar, a disponibilidade limitava-se a alguns fins de semana. Para além frequentar alguns dos espaços já mencionados, ao longo dos anos fui descobrindo o Comix, o Anikibobó, o Labirinto, o Triplex, o Espaço Maus Hábitos, o Blá Blá, etc.
Nos últimos meses vim-me a afeiçoar a dois espaços: O Radio Bar e a Tendinha dos Clérigos. O primeiro ainda não tem um ano, mas já se tornou um sítio de eleição, pela familiaridade, pelo empenho, pela diversidade musical, pelo carisma dos anfitreões, pela simpatia e pelo conforto. O segundo, principalmente aos sábados (animados pela dupla Pedro Miguel Castro e Gonçalo Morgado), garante boa selecção musical (com algumas incursões inesperadas mas sempre benvindas) e um ambiente diversificado e despretensioso. Mui recomendáveis, juntamente com o Mercedes.
23 Comments:
Muito bem, muito bem!
Então e se a malta quiser trincar qualquer coisa antes de se enfrascar?
Ou suponhamos que esqueci algumas peças de roupa em Lisboa, onde poderei fazer compras no Porto? Ou mesmo os sapatos?
:)
:D
és grande tó bé, és um colosso!!!
se fossemos cowboys, a nossa vida daria um filme!!!
é impecável ver o relato de sítios que eu tb frequentava e que desapareceram. uns melhores que outros mas todos com o seu tempo e lugar certo.
O maldoror, depois comix. O Cordoaria ( agora, à luz das novas visões, um saloon ). O mercado. O meia-cave ( cheguei lá a por música ).
O Bacalhau ( agora uma conservatória - ao menos quero que o Rádio morra como um Bordel em chamas ou inundado por um tsunami - tb em chamas).
O griffons ( tenho mais saudades da minha idade e do facto de ter menos 30 kg do que do sítio - uma discoteca pouco maior que o Rádio!!! ).
Eu acrescentava o Bar da Buondi (um dos bares mais bonitos do Porto), o Fozquices (que teve as suas noites), o Trintaeum e o Quando Quando (no seu tempo). Do outro lado do rio o incontornável Hard Club.
Subscrevo o Tipo. Eram estes os bares do meu tempo, mais uns inefáveis e efémeros como o Nem que Chova, Não Sei Ainda e outros que não me lembro.
Pois eu poderia dizer o mesmo que tu dizes no início deste post...mas noutra cidade:) Também me apaixonei pela Bila na "Lócura da night". E adivinha quem punha a melhor música na altura?? Ah, pois era...Eras TU!!!
O problema da bila é que agora ñ tem "lócura" e a bem dizer também ñ tem "night". Olha...ficamo-nos pelas grandes amizades e já ñ estamos mal;)
e o comix, com aquela fauna metalo-gótica?? passámos lá algumas noites... :)
Amigo Puto, como eu te entendo. Partilho o mesmo tipo de sentimentos, mas pela minha...Lisboa. Também por aqui as coisas mudaram muito.
O Porto é, também, uma cidade muito especial. Gosto muito de a visitar. Quando lá vou, os meus amigos Portuenses fazem-me sempre sentir em casa. São boa gente. O Porto é um cidade de boa gente. Abraços.
tou contigo puto.
São poucos sítios ( dá para saturar) mas bons.
alguém se lembra do Não? daquele sítio místico no dallas? bons tempos...
O gajo que apanhava os copos no Não era o delirio ... lembro-me de estar na noite de encerramento do Bacalhau, ainda ajudei a partir alguns azulejos
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À Extravaganza: Todas essas questões só se respondem com uma visita guiada.
Ao Ricardo Salazar: Obrigado pelos elogios. Não mereço! Essa dos cowboys na serra, só se fosse na do Pilar...
Ao Bacalhau cheguei a ir algumas vezes, e ao Griffons apenas uma (para formar opinião e nunca mais lá voltar).
Ao Tipo: Nunca engracei muito com o Trintaeum. Já no Hard Club assisti a bons concertos e passei bons momentos. Tenho que lá voltar um dia destes.
À MicasMariana: Olá, emigrante a prazo! Obrigado pela referência às belas noites em Vila Real há uns anos (Pioledo, Melão, Ritmin - oh nostalgia!). Muito em breve esperamos ter um pequeno refúgio cá na Vila no que diz respeito ao binómio convívio/boa música, bale?
À Noodles: Falei no Comix. Só não falei na fauna.
Ao Astronauta: Porque não um post no Planeta Pop do género "Lisboa bai naite"?
Ao Ernesto: Tens razão. São poucos mas bons. Será que Lx está mais bem servida, tendo em conta as proporções?
Ao Atari: Sinceramente não me lembro do Não. No Dallas apenas me lembro de uma discoteca cujo nome não me ocorre.
Ao Superpiloto: Ouvi falar dessa festa de encerramento do Bacalhau, mas infelizmente não compareci para a demolição.
Abraços a todos!
AH!!! Tava a ver que ñ respondias ao meu picanço:D!! Bem...tiraste-me as palavras da boca;) vamos a eles, né?
Um brinde ás grandes noites e aos bons amigos que ainda estao por vir!!!
Olá!!!
Estava procurando por "Clap your hands say heah" e achei o seu blog.
Adorei. Suas críticas a lá Lúcio Ribeiro (crítico brasileiro) são bem fundamentadas. Manda bem, hein!?
Tenho um blog onde escrevo de tudo. Qualquer dia, quando tiver tempo, dê uma passadinha lá.
Ah, coloquei o link lá para que mais que mais pessoas possam conhecer seu blog.
Beijos
Concerto Solideriadade
26 Março Casa da Música
Mão Morta
Parque de Estacionamento
18:30 Horas
Maria João e Mário Laginha
Orquestra Clássica de Espinho
Cesário Costa, Maestro
LOBOS, RAPOSOS E COIOTES
Auditório Principal – Sala 1
21:30 Horas
No Dallas existiu uma discoteca chamada Lux, muito antes da lisboeta. Reza a lenda que foi a primeira pista de dança onde rodou a cena acid house contra a tendência urbano-depressiva de finais da década de 1980. Depois apareceu a Nobuko (ou qualquer coisa assim) e a lálálá, não me lembro porque ordem em relação a estas. Tb rza a lenda que esse espaço fechou depois de uma cena de pancadaria entre skins, rockabillies, psychobillies e góticos (se não me engano numa tarde de domingo). Era muito novo na altura e nunca parei nesses sítios, os meus vizinhos meios punks - meios góticos paravam por essas bandas e eu ouvi muitas histórias, ou então muitos filmes ...
Só ia ao dallas para comprar Doc Martens na loja do comandante e mais tarde para dar umas biqueiradas quando esse gajo abriu o Não. A cena era muito hardcore, mas um dos gajos que passava música - acho que se chamava Sérgio - arranjava sempre espaço para passar umas boas malhas de Sonic Youth, Pixies, Mudhoney, entre outros ... mas o bar era mesmo muito podre e acho que apesar de o Maldoror existir há muito tempo, o Comix preencheu muito mais o espaço do Não e do Patriot do que propriamente dar um seguimento ao tipo de bar que era o Maldoror. Posso estar completamente engando e se por aqui passar alguém com outras memórias, faça o favor de me corrigir.
por falar em ségio! o gajo era mesmo curtido, ainda me lembro de uma noite, dps de ter estado no Não, ir pra casa dele beber uma surbias, comer gelado e ver um filme do woody allen, até de manhãzinha... (bons?) velhos tempos!
estás a ficar nostalgico...a idade não perdoa...
estive na Tendinha dos Clérigos este fds... aprovadíssimo!!!
... ei pera lá! novo place em vr? avisem-me que eu já não sei para onde me virar!
Sou mais um a dizer : Boa "Posta"!
Afinal foi no Tendinha e no Rádio que conheci pesoas cuja companhia e personalidade eu prezo bastante, sendo uma delas a tua!
Biba a Invicta cidade!
Belo roteiro. Não falta aí nada. Só talvez o Casa Agricola.
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