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sexta-feira, junho 30, 2006

Steve Reid Ensemble @ Casa da Música

 pelO Tipo 



Electricity and Drum Will Change Your Mind. Tendo como mote a apresentação em Portugal do álbum “Spirit Walk”, que resultou da parceria entre Steve Reid e Kieran Hebden (que infelizmente não esteve), o Steve Reid Ensemble deu no dia 22 de Junho na Casa da Música um grande concerto. Marcando desde o início o ritmo com a sua bateria, o incansável Steve Reid guiou uma improvisação furiosa e contínua entre o jazz e as electrónicas, devidamente acompanhado por Joe Rigby (saxofone e flauta), Boris Netsvetaev (piano) e Simon Fell (contrabaixo). Desfiando os temas do álbum de forma contínua, o diálogo entre os ritmos da música negra e as paisagens construídas por Netsvetaev resultaram numa performance poderosa.
Stay in the rhythm!

terça-feira, junho 27, 2006

Comunidade insuspeita

 pelO Puto 




Hummmm... Que têm em comum estes álbuns de originais?
R: Os temas de abertura e fecho são (ou foram) singles, o que é raro acontecer.

Metric - Live It Out (2005)

 pelO Puto 



Emily Haines e Jimmy Shaw são colaboradores do supercolectivo Broken Social Scene (estarão presentes na próxima edição do Festival Paredes de Coura). Existe um aparente contraste entre as duas bandas: os BSS praticam um free rock e os Metric uma pop calculista. Mas, no fundo, há um master plan por trás de cada faixa, mais evidente nos segundos.
As texturas meticulosamente planeadas e a métrica aplicada a cada faixa são regra e método para os Metric. Este conceito foi explorado no primeiro disco, mas este segundo esforço refina as melodias pop e a produção reforça todo o trabalho de redacção musical e harmonia. A voz segura de Emily escorre como mel nas malhas complexas de guitarra de Jim, os teclados soam deleitosos em certas faixas (ouça-se "Glass Ceiling", "Portrait of a Girl" ou "The Police and the Private" para confirmar), tudo sobre a competente secção rítmica. Os temas variam entre a crítica social e a pessoal, a introspecção e a extroversão, a sensualidade e a frieza. O resultado é perfeito demais para ser perfeito. É humano, tal como, em última instância, a matemática.
Se os Garbage se preocupassem menos com a produção e mais com a composição, ou se os Cardigans fossem mais pujantes e versáteis, talvez fizessem um disco assim.
http://www.ilovemetric.com/
http://www.myspace.com/metricband
Amostras: Glass Ceiling | Too Little Too Late | Poster Of A Girl

sexta-feira, junho 23, 2006

Esta semana a acariciar os ouvidos... do Puto

 pelO Puto 

- Ellen Allien & Apparat: Orchestra of Bubbles
- Islands: Return To The Sea
- Neutral Milk Hotel: In the Aeroplane Over the Sea
- Sonic Youth: Rather Ripped

quinta-feira, junho 22, 2006

ESTA SEMANA A ACARICIAR OS OUVIDOS... do Tipo

 pelO Tipo 

- Final Fantasy: He Poos Clouds
- Sonic Youth: Rather Ripped
- The Sounds: Dying to Say This to You
- Sufjan Stevens - The Avalanche: Outtakes & Extras from Illinois Album

quinta-feira, junho 15, 2006

Mercado Negro

 pelO Puto 



Este é o nome de um novo espaço de intervenção cultural em Aveiro. Com uma óptima localização (junto ao canal principal), propõe-se movimentar a cidade com propostas interessantes e ser uma alternativa aos centros comerciais convencionais. Compreende um punhado de lojas, uma galeria, um auditório e um bar. Eu estive lá na inauguração e recomendo vivamente.
Nas próximas quintas feiras será exibido um ciclo de British New Wave.
Blog do Mercado Negro

segunda-feira, junho 12, 2006

Entre o Sto. António e o S. João...

 pelO Puto 

... há Tree Eléctrico no Radio. Na próxima quarta, 14, véspera de feriado. Para além do corpo de Deus, espero ver uns corpos a dançar. Apareçam e acusem-se.

Love Is All – Nine Times That Same Song (2006)

 pelO Puto 



Este quinteto sueco tem tudo para exasperar muita gente: má produção, estridência instrumental e vocal, canções rápidas, ruído provocado pela sobreposição de camadas sonoras, etc. Mas isto pode resultar em seu favor.
O disco de estreia é imparável. A voz de Josephine Clausson, a relembrar a espaços os X-Ray Spex, chega a ser deliciosamente irritante. A guitarra entra em duelo constante com o saxofone, tudo sobre uma base rítmica forte, demarcada e groovy. A atitude indie mergulha no ska, no pós-punk e no lo-fi com um fato de mergulho colorido bem pop, como só os suecos sabem fazer. Tem momentos melódicos bem complexos e densos, como se de mash ups de vários temas se tratassem, o que o torna apropriado a danças tresloucadas. Disco curto como um eclipse mas com o brilho do sol que oculta.
Love Is All no MySpace
Amostras: Ageing Had Never Been His Friend | Turn The Radio Off | Felt Tip

Deerhoof flutuantes

 pelO Puto 



O barco que serve de casa ao Porto Rio foi o espaço privilegiado para a primeira actuação dos Deerhoof em Portugal, na passada segunda feira (5 Jun). Na primeira parte, já depois da hora prevista, estiveram os Alla Pollaca, com o seu pós-rock matemático, revelando-se uma das melhores bandas portuguesas a navegar nestes mares. Foram uma excelente abertura para os Deerhoof, agora reduzidos a trio (um power trio, melhor dizendo), que exibiram o seu rock desconstruido e angular de forma exemplar, destilando energia e virtuosismo. Desfilaram temas dos últimos dois álbuns e outros que desconhecia, aplicando estruturas do free jazz ao pós-rock, com alternâncias frequentes entre noise mais poderoso, a melodia naive e o psicadelismo. Complementarmente, destacou-se também o carisma e atitude de cada um dos membros da banda. A vocalista Satomi Matsuzaki retirava sons densos do baixo (o que não deixa de contrastar com a sua estatura) quando não estava a gesticular de uma forma curiosa e familiarmente nipónica. O incansável Greg Saunier, porta-voz da banda, surpreendeu pela pujança de uma bateria simples (tarola, bombo e pratos apenas) porém versátil. John Dieterich exibiu destreza no domínio das 6 cordas enquanto acompanhava os sons com movimentos bocais, qual Angus Young alternativo (sem a fatiota ridícula, claro). Podem vir cá mais vezes partilhar essa loucura controlada.
Secção Deerhoof no sítio da editora Kill Rock Stars
Deerhoof no MySpace

terça-feira, junho 06, 2006

Esta semana a acariciar os ouvidos... do Puto

 pelO Puto 

- Herbert: Scales
- Mazarin: We're Already There
- Tapes'n'Tapes: The Loon
- V/A: Monsieur Gainsbourg Revisited

segunda-feira, junho 05, 2006

ESTA SEMANA A ACARICIAR OS OUVIDOS... do Tipo

 pelO Tipo 

- Burial: Burial
- Daedelus: Daedelus Denies the Day's Demise
- Jhelisa: Primitive Guide to Being There
- Ammoncontact: With Voices

sexta-feira, junho 02, 2006

Estreia

 pelO Puto 

No próximo sábado, dia 3, Tree Eléctrico estreia-se no Mode - Galeria Café Bar. Fica na Rua das Flores, na baixa do Porto, mais especificamente aqui. Já sabem, são todos benvindos.

quinta-feira, junho 01, 2006

The Flaming Lips - At War With The Mystics (2006)

 pelO Puto 



Os Flaming Lips não param de me surpreender, principalmente a partir de “The Soft Bulletin”. De tratado lo-fi à pop futurista, conseguiram, ao contrário dos Mercury Rev, por exemplo, com quem eram constantemente comparados, uma evolução saudável e com todos os ingredientes para ser bem aceite.
Algo que ressalta primeiramente à vista (ou melhor, ao ouvido) em “At War With The Mystics” é a super-produção, com imensos pormenores e pistas, resultando num som limpo e sofisticado. Poderia-se, desde logo, criar anticorpos a este disco, uma vez que estes elaboradíssimos objectos de estúdio podem ser dar indícios de manipulação do ouvinte, onde o calculismo compensa a falta de talento. No entanto, lembrei-me de “Loveless”, dos My Bloody Valentine, onde a perfeição musical convive com a produção e o termo conceptual é levado ao extremo. Não estaremos na presença de uma obra tão elevada, mas este disco afirma o seu requinte sonoro e a produção apenas o vem reforçar. Com mais em comum com “Yoshimi Battles The Pink Robots” (até no título) do que com “The Soft Bulletin” (que está aparentemente nas antípodas), alia os padrões rítmicos rigorosos às melodias vocais irresistíveis, servindo-os com guitarras sujas ou assertivas e electrónicas planantes. Mudanças de andamento, épicos pop (parece quase uma contradição) e temas orelhudos são o passaporte que este disco nos oferece para a evolução constante do género. É um disco obrigatório para quem gosta dessa droga chamada pop, so sweet and addictive.
Sítio oficial dos Flaming Lips
Flaming Lips no MySpace
Amostras: The Yeah Yeah Yeah Song | The Sound Of Failure | The W.A.N.D.