Caminhar sozinho por uma cidade cheia de gente com o discman a tocar e os phones nos ouvidos é:
- Ter sensações de alienação e autoconsciência. - Ficar hipnotizado e desperto. - Vaguear como um fantasma e absorver tudo como um vampiro. - Um pequeno prazer enorme.
Na altura da faculdade eu e o walkman éramos companheiros inseparáveis. Era mágica a forma como eu manipulava a banda sonora do quotidiano delirante da minha estadia na Invicta. Acompanhou-me ainda durante alguma tempo depois, nas viagens de comboio ou autocarro. Aqui em Vila Real não recomendo passeios a pé com phones metidos, pois uma viagem encantadora transforma-se numa ida ao hospital, tal é o nº de atropelamentos por estes lados. Além disso, demoro muito pouco tempo a chegar a pé a qualquer lado.
Reconhecendo algumas vantagens aos leitores de mp3, continuo a preferir o discman. Aquela coisa de a música não ter um suporte "físico" ainda me faz alguma confusão. Chamem-me reaccionário, se quiserem...
O suporte do mp3 é exactamente o mesmo que num CD... 0s e 1s.
Só recentemente adquiri (obrigado irmã) um leitor de mp3 e a diferença entre as idas à cidade são notaveis. Sinceramente quero lá saber se sou atropelado por uma bicicleta raivosa. Agora ando na rua a cantar.
Ainda esta semana pensava como a tecnologia evoluiu ao contemplar o meu mp3 e lembrando-me dos tempos idos do meu walkman...
Agora, ao contrário de antes, canto e até enjeito uns passos de dança discretos. Definitivamente, torna-se muito útil para quem não se tem interesse em ouvir as conversas alheias nos transportes públicos...
1) a vantagem do mp3 e a quantidade que possibilita uma escolha com a qualidade apropriada para o momento em questao 2) isso das conversas alheias nos transportes publicos e bem verdade. melhor ainda e com uns etymotic research que inibem qualquer ruido exterior e olhar fixamente as pessoas. obviamente que so funciona com certos tipos de musica
Alienante sem dúvida, embora não faça o meu género. Quanto a mp3 e cd, os 0s e 1s são os mesmos mas em muito menor quantidade no mp3 pelo que não são exactamente a mesma coisa. Aliás, realço a sequência mp3, cd, vinilo em sentido crescente de qualidade auditiva, e decrescente na portabilidade. Mas creio que o progresso nos leva por aí... nada a fazer.
Tenho de exprimir toda a minha raiva contra o Ipod! Odeio o funcionamento do itunes, odeio a propaganda feita a todos os iqlq coisa pois acho q todas o software q eles lançam cm novidade não o é! Caimos naquela cantiguinha e dp é só design! Não obstante, adoro o egoismo da musica só no meus ouvidos e vaguear pelas ruas ou transportes públicos! Abraço!
Essa do vinil ter mais qualidade é um velho mito que, além de totalmente falso, teima em não morrer. mas isto é um outro assunto (que estarei disponivel para discutir e explicar). Eu recordo o meu walkman MegaBass no autocarro 49 no meu 10ºano a ouvir Rage Against the Machine...
Mas a verdadeira variedade, e por falar em Rage Against the Machine, está aqui: www.coachella.com
Fogo! somos 2! Porque raio não há festivais assim ali no fundo da minha rua. (Estou a falar de coachella)
E quanto ao vinil. tambem acho que é mito. A unica diferença é que nao passa pelo digital. Mas ser analogico nao quer dizer que seja melhor. É apenas diferente.
É bom haver posts que acabam por lançar uma discussão e trocas de ideias, que é sempre saudável. Vem à questão o vinilo e o facto de a sua qualidade de reprodução ser ou não um mito. Em primeiro lugar, não acredito em mitos nem quero alimentá-los, e a questão aqui lançada do CD vs. vinilo não deve ser entendida como uma polémica, e ao longo dos anos tenho aprendido que o debate se resume a questões de gosto e preconceito de ambas as partes, e preconceitos acerca do assunto não os tenho. O CD trouxe-nos uma reprodução sonora com amplitude dinâmica que nunca o vinilo pode transportar por limitações físicas. Mas também poderíamos referir os problemas da frequência de corte aos 44 kHz dos CD, embora aumentados pelos modernos (bons e caros) leitores de cd com upsamplings para 192 kHz através dos DAC (Digital to Analog Converters), ou a tecnologia de gravação PCM reconhecida por quem se preocupa do arquivo e preservação do património discográfico como limitada, embora essa quetsão não se coloque com a recente tecnologia DSD dos SACD (super audio cd), mas aqui a música (e a qualidade) é outra.
Em que se baseia a minha afirmação? Na experiência em tocar alguns instrumentos, em ter experiência de música coral que me ensinou a ouvir as vozes, os detalhes e os timbres, na experiência em assistir a muitos concertos acústicos e no reconhecimento do som dos instrumentos. Ao longo dos anos já ouvi muita coisa desde sistemas acessíveis até outros cujo preço roça as altitudes estratosféricas, e apesar de em tempos ter tido exactamente a opinião do mito, hoje ela é diferente. Nos meios de quem dá à questão da qualidade de reprodução maior importância receio que o CD não terá lugar no futuro, ao contrário do vinilo (por enquanto), até porque os recentes SACD vêm substituir com enormes vantagens os actuais CD, mas não acredito que venham a ter algum sucesso comercial porque vejo o futuro reservado ao mp3. Aliás já começámos a assistir ao declínio do CD, bem patente na crise das actuais indústrias discográficas. Para as actuais gerações que vão crescendo no meio do mp3, a música está ao alcance de um click ou download. Talvez daqui por 20 anos, com alguma ironia, alguém venha enaltecer as superiores qualidades musicais do CD relativamente ao mp3 e ser confrontado por afirmações que isso é totalmente falso e um mito. E isto resume-se ao que disse no início, na essência acaba por ser uma questão de gosto, e quem se habituou à comida temperada tem dificuldade em gostar de outra diferente. Mas mais importante, é ouvir e só a partir daí tirar as suas conclusões, sejam elas quais forem.
Para quem estiver interessado, pode ir a http://www.hificlube.net/, site de José Vítor Henriques, que até há um tempo mantinha uma colaboração regular no DN e em tempos mais idos uma rubrica na extinta XFM, e sob “Arquivo”, “Gira-Discos”, ler o artigo “Um LP chamado desejo” publicado em 2004 no DNA.
relembrar o "walkman", é sem dúvida um sentimento nostálgico que se apodera de quem o teve, um sentimento que estas novas gerações nunca terão o prazer de o sentir...pelo menos eu lembro o quanto feliz fiquei quando o meu pai me ofereceu um "walkman"...passou a ser o meu companheiro inseparável!! Éramos nós e a musica, sem visores, sem informação digital, só nós e os botões:"FF";"RW" e "PLAY"!Lembram-se quando queriamos ouvir uma música que a gente gostava mais e a procurava-mos puxando a cassete para trás ou frente, era uma aventura!!!Bons tempos...quanto ao vinyl, sou um fã incondicional.O som caracteristico e inimitavel, o ritual de por a agulha no sitio certo...é sem dúvida muito mais intimista que um cd, mais uma vez me acho previlegiado em poder ter tido estes pequenos grandes prazeres de quem gosta muito de música!!!E vocês??
Provavelmente terei sido mal interpretado. Eu sou um fã incondicional do vinil, tenho 3 pratos e quase 1000 discos, alguns até bastante raros. O que eu quis dizer foi que o vinil só ganha nesta mística do "pôr a gulha" e dos gestos característicos ao "passar" música. Em relação à qualidade acrescento dois pontos à discussão. Primeiro: o CD só abriga determinadas frequência por limitações de "memória" ou de espaço. Mas, com o desenvolvimento da tecnologia, começamos a depararmo-nos com discos muito maiores (dual.blue-ray com 54 Gb?!?). Se isto for para a frente (para ir para a frente tem que ser do interesse das grandes labels, não é?) e para um cd de 10 músicas, há 5Gb por música que dá para colocar todas as frequência, até aquelas que nem os elefantes ouvem... Ponto número dois - existem leitores de cds com saídas digitais e mesas de mistura digitais e até colunas digitais. Neste tipo de equipamento viajam apenas zeros e uns até ao momento em que o som sai da coluna. Imagino eu que não é possível haver menos ruído ou perda de qualidade do que isso... Mas a verdade é que há muito boa gente que gosta do barulhinho da agulha do vinil a cada volta que dá...
seg 09 JUN - V. N. Gaia, Auditório Municipal de Gaia
Joana Guerra + Clarisse e Os Desviados
ter 10 JUN - Porto, Socorro
Alan Sparhawk + Milan W.
ter 10 JUN - Porto, Galeria Municipal
The Point.
qui 12 JUN - Porto, Socorro
Alan Sparhawk + Angélica Garcia + Anohni and the Johnsons + Caribou + Charli xcx + Christian Lee Hutson + The Dare + Dehd + Fontaines D.C. + Glass Beams + High Vis + The Jesus Lizard + Magdalena Bay + Momma + Surma + This Is Lorelei + Tulipa Ruiz
qui 12 JUN - Porto, Parque da Cidade
Aminé + Anavitória + Beach House + Been Stellar + The Blkbrds + Los Campesinos! + Central Cee + Chat Pile + Deftones + Denzel Curry + Fcukers + A Garota Não + Klin Klop + Liniker + Michael Kiwanuka + TV On The Radio + Waxahatchee
sex 13 JUN - Porto, Parque da Cidade
Cap 'N Jazz + Capitão Fausto + Carolina Durante + David Bruno + Destroyer + EU.CLIDES + Floating Points + Haim + Horsegirl + Jamie xx + Kim Deal + Maria Reis + Nunca Mates o Mandarim + Parcels + Squid + Turnstile + Wet Leg
sáb 14 JUN - Porto, Parque da Cidade
Catarina Silva + Haai + Mura Masa DJ Set + Paul Kalkbrenner
dom 15 JUN - Porto, Parque da Cidade
Plastique Noir
dom 15 JUN - Porto, Barracuda
cola
seg 16 JUN - Porto, Socorro
Ensemble Nist-Nah
qua 18 JUN - Braga, Gnration
The Chameleons + Decline and Fall
qui 19 JUN - Porto, M.Ou.Co
Pet Shop Boys + Father John Misty + The Flaming Lips + L'Impératrice + Sevdaliza + Capital da Bulgária + Cara de Espelho + David Bruno + Kriativu Jam by Chelas é o Sítio + 2ManyDJs (DJ set) + Kierastoboy + Olof Dreijer + Rio Perez
qui 19 JUN - Lisboa, Parque da Bela Vista
The Parkinsons + Avalanche Kaito + Black Bombaim + Chris Imler + bbb hairdryer + Calcutá
sex 20 JUN - Santa Maria da Feira, Parque e Museu Sta. Maria Lamas
Beatriz Pessoa
sex 20 JUN - Porto, Maus Hábitos
Ricardo Dias Gomes
sex 20 JUN - Porto, Casa da Música
Pluto + Capicua + Samuel Úria + Club Makumba
sex 20 JUN - Vila Real, Parque Corgo
FKA Twigs + Azealia Banks + Róisín Murphy + Scissor Sisters + Boy Harsher + MДQUIИД + Model/Actriz + Best Youth + Heartworms + Cíntia by Chelas é o Sítio + Pet Shop Boys + Helena Hauff + Identified Patient + Kelly Lee Owens + Viegas
sex 20 JUN - Lisboa, Parque da Bela Vista
The Legendary Tigerman + Mermaid Chunky + Maria Reis + Famous + Monch Monch + Landrose + Zancudo Berraco
sáb 21 JUN - Santa Maria da Feira, Parque e Museu Sta. Maria Lamas
Damiano David + Jorja Smith + Badbadnotgood + Royel Otis + Branko + Noga Erez + Jasmine.4.T + Yakuza + Carla Prata + Anish Kumar + Bernardo Vaz + Daniel Avery + Jennifer Cardini + Ryan Elliott
sáb 21 JUN - Lisboa, Parque da Bela Vista
BADBADNOTGOOD
dom 22 JUN - Braga, Theatro Circo
Dead Kennedys
qua 25 JUN - Porto, Hard Club
Riah
qui 26 JUN - Porto, Socorro
Men Eater
qui 26 JUN - Porto, Maus Hábitos
Trinka
qui 26 JUN - Porto, Casa da Música
EL SONIDERO INSURGE
sex 27 JUN - Porto, Maus Hábitos
Sebastián
sex 27 JUN - Porto, Casa da Música
Amaterazu
sáb 28 JUN - Porto, Socorro
Adriana Partimpim
sáb 28 JUN - Porto, Coliseu
Patche di Rima e Poeta Lit G
sáb 28 JUN - Porto, Casa da Música
D.R.I. (Dirty Rotten Imbeciles)
sex 04 JUL - Porto, M.Ou.Co
Olivia Rodrigo + Kings of Leon + Nine Inch Nails + Noah Kahan + Sam Fender + Justice + Barry Can't Swin + Benson Boone + Girl In Red + Finneas + Future Islands + Amyl and The Sniffers + Artemas + Bright Eyes + Cmat + Dead Poet Society + Foster The People + Glass Animals + Mark Ambor + Mother Mother + Parov Stelar + Sammy Virji + St. Vincent + The Backseat Lovers + The Teskey Brothers + A-Trak + NTO + Erol Alkan + Chloé Robinson + Riordan + Papa Nugs
qui-sáb 10-12 JUL - Oeiras, Cais Marítimo de Alcântara
sáb 19 JUL - Espinho, Praça Dr. José de Oliveira Salvador
Aja Monet + Chief Adjuah + Jéssica Gaspar + José James + Momi Maiga + Casuarina + Iberian Ensemble & Conservatório de Amarante
sáb 19 JUL - Amarante, Festival MIMO
Carlos Malta & Pife Muderno + Natascha Falcão + Roberto Fonseca + Sona Jobarteh + Farofa + Gustavo Beytelmann & Philippe Cohen Solal + Casuarina
dom 20 JUL - Amarante, Festival MIMO
Martins
qua 23 JUL - Porto, Casa da Música
The 113 + Best Youth + bombazine
sex-sáb 25-26 JUL - Cabeceiras de Basto, Poço do Frade
José Pinhal Post Mortem Experience + Travo + Copa Funda
sex 25 JUL - Briteiros, Quinta da Ponte
The Dandy Warhols + Linda Martini + Paraguaii + Growing Circles + Zamora + indignu
sáb 26 JUL - Briteiros, Quinta da Ponte
Margareth Menezes
qua 30 JUL - Porto, Casa da Música
Amijas + Bá Álvares e Oro Iris & Portas Pr'a Vida + Banda Marcial de Cambres & Jerry The Cat + Carin Geada & Cristina Planas Leitão + Conversas Abertas + Deambula + Evaya + Fidju Kitxora + Ideal Victim + I'A'V + Just Fish + Paulo Vicente 4tet c/ Joana Guerra & Luís Vicente & Jerry The Cat + Rafeiro + Spitbender + Van Der
qui-sáb 31 JUL-02 AGO - Lamego, Zigurfest
Marta Ren + Kate Clover + Arsenal Mikebe feat HHY + LANDROSE + Asfixia Social
qui 31 JUL - Coimbra, Jardim da Sereia
TAXI + Mão Morta + Biznaga + 999 + The Darts
sex 01 AGO - Coimbra, Jardim da Sereia
The Boys + Bad Nerves + Heavy Lungs + Máquina + Dr. Sure's Unusual Practice + Hassan K
sáb 02 AGO - Coimbra, Jardim da Sereia
Fu Manchu + Amenra + Circle Jerks + Earthless + Emma Ruth Rundle + King Woman + Monolord + Chalk + DITZ + King Buffalo + Slomosa + Messa + My Sleeping Karma + Castle Rat + Dopethrone + JJUUJJUU + Dead Ghosts + Patriarchy + Gnome + The Atomic Bitchwax + Dame Area + Spoon Benders + Witchthroat Serpent + Vinnum Sabbathi + Tō Yō + Daevar + Daily Thompson
qua-sáb 06-09 AGO - Vila Praia de Âncora, Praia da Duna dos Caldeirões
Vampire Weekend + Franz Ferdinand + Air + King Krule + Lola Young + Portugal The Man + Sharon Van Etten & The Attachment + Zaho de Sagazan + Black Country, New Road + DIIV + Perfume Genius + MJ Lenderman & The Wind + Nilüfer Yanya + Geordie Greep + bar italia + Jersey + SOFT PLAY + Terno Rei + Ana Frango Elétrico + LA LOM + Ela Minus + Joey Valence & Brae + Cassandra Jenkins + Fat Dog + Lambrini Girls + Warmduscher + Hinds + Maruja + Don West + Gurriers + Being Dead + Friko + Chastity Belt + Lander & Adriaan + La Jungle + Dino D'Santiago + Linda Martini + Samuel Úria + The Glockenwise + Cassete Pirata + Memória de Peixe + Bed Legs + Unsafe Space Garden
qua-sab 13-16 AGO - Paredes de Coura, Praia Fluvial do Tabuão
The Lemonheads
qua 24 SET - Lisboa, Lisboa ao Vivo
Carlos Paredes - O Homem dos Mil Dedos
qui 25 SET - Porto, Casa da Música
Tamino
qui 25 SET - Lisboa, Lisboa ao Vivo
Kruder & Dorfmeister (K&D Sessions Live)
sex 26 SET - Porto, Coliseu
Luke Howard
qua 01 OUT - Porto, Casa da Música
Emmy Curl
sáb 04 OUT - Peso da Régua, Auditório Municipal
The Magnetic Fields
qua+qui 08+09 OUT - Guimarães, Grande Auditório Francisca Abreu
21 Comments:
Agora já não é com discman, é com o leitor de mp3. Mas as sensações são as mesmas.
Na altura da faculdade eu e o walkman éramos companheiros inseparáveis. Era mágica a forma como eu manipulava a banda sonora do quotidiano delirante da minha estadia na Invicta. Acompanhou-me ainda durante alguma tempo depois, nas viagens de comboio ou autocarro. Aqui em Vila Real não recomendo passeios a pé com phones metidos, pois uma viagem encantadora transforma-se numa ida ao hospital, tal é o nº de atropelamentos por estes lados. Além disso, demoro muito pouco tempo a chegar a pé a qualquer lado.
aqui no brasil só dá pra ser assaltado...ui!
Há quem apelide esse modo de estar como rejeição universal em ouvir o outro.
numa versão mais sofisticada o Ipod, é claro!!
Reconhecendo algumas vantagens aos leitores de mp3, continuo a preferir o discman. Aquela coisa de a música não ter um suporte "físico" ainda me faz alguma confusão. Chamem-me reaccionário, se quiserem...
O suporte do mp3 é exactamente o mesmo que num CD... 0s e 1s.
Só recentemente adquiri (obrigado irmã) um leitor de mp3 e a diferença entre as idas à cidade são notaveis. Sinceramente quero lá saber se sou atropelado por uma bicicleta raivosa. Agora ando na rua a cantar.
Ainda esta semana pensava como a tecnologia evoluiu ao contemplar o meu mp3 e lembrando-me dos tempos idos do meu walkman...
Agora, ao contrário de antes, canto e até enjeito uns passos de dança discretos. Definitivamente, torna-se muito útil para quem não se tem interesse em ouvir as conversas alheias nos transportes públicos...
1) a vantagem do mp3 e a quantidade que possibilita uma escolha com a qualidade apropriada para o momento em questao
2) isso das conversas alheias nos transportes publicos e bem verdade. melhor ainda e com uns etymotic research que inibem qualquer ruido exterior e olhar fixamente as pessoas. obviamente que so funciona com certos tipos de musica
acrescento, e com certos tipos de pessoas
Alienante sem dúvida, embora não faça o meu género. Quanto a mp3 e cd, os 0s e 1s são os mesmos mas em muito menor quantidade no mp3 pelo que não são exactamente a mesma coisa. Aliás, realço a sequência mp3, cd, vinilo em sentido crescente de qualidade auditiva, e decrescente na portabilidade. Mas creio que o progresso nos leva por aí... nada a fazer.
Um abraço
O "suporte físico" a que eu me referia era, obviamente, o disco (cd) em si, e não os 0s e 1s.
Tenho de exprimir toda a minha raiva contra o Ipod! Odeio o funcionamento do itunes, odeio a propaganda feita a todos os iqlq coisa pois acho q todas o software q eles lançam cm novidade não o é! Caimos naquela cantiguinha e dp é só design! Não obstante, adoro o egoismo da musica só no meus ouvidos e vaguear pelas ruas ou transportes públicos! Abraço!
os Mler If Dada tinham uma música sobre o walkman.
Essa do vinil ter mais qualidade é um velho mito que, além de totalmente falso, teima em não morrer. mas isto é um outro assunto (que estarei disponivel para discutir e explicar).
Eu recordo o meu walkman MegaBass no autocarro 49 no meu 10ºano a ouvir Rage Against the Machine...
Mas a verdadeira variedade, e por falar em Rage Against the Machine, está aqui: www.coachella.com
Fogo! somos 2! Porque raio não há festivais assim ali no fundo da minha rua. (Estou a falar de coachella)
E quanto ao vinil. tambem acho que é mito. A unica diferença é que nao passa pelo digital. Mas ser analogico nao quer dizer que seja melhor. É apenas diferente.
Com um cartaz desses a emigração faz mais sentido!!!Nunca dantes visto!!
É bom haver posts que acabam por lançar uma discussão e trocas de ideias, que é sempre saudável. Vem à questão o vinilo e o facto de a sua qualidade de reprodução ser ou não um mito. Em primeiro lugar, não acredito em mitos nem quero alimentá-los, e a questão aqui lançada do CD vs. vinilo não deve ser entendida como uma polémica, e ao longo dos anos tenho aprendido que o debate se resume a questões de gosto e preconceito de ambas as partes, e preconceitos acerca do assunto não os tenho. O CD trouxe-nos uma reprodução sonora com amplitude dinâmica que nunca o vinilo pode transportar por limitações físicas. Mas também poderíamos referir os problemas da frequência de corte aos 44 kHz dos CD, embora aumentados pelos modernos (bons e caros) leitores de cd com upsamplings para 192 kHz através dos DAC (Digital to Analog Converters), ou a tecnologia de gravação PCM reconhecida por quem se preocupa do arquivo e preservação do património discográfico como limitada, embora essa quetsão não se coloque com a recente tecnologia DSD dos SACD (super audio cd), mas aqui a música (e a qualidade) é outra.
Em que se baseia a minha afirmação? Na experiência em tocar alguns instrumentos, em ter experiência de música coral que me ensinou a ouvir as vozes, os detalhes e os timbres, na experiência em assistir a muitos concertos acústicos e no reconhecimento do som dos instrumentos. Ao longo dos anos já ouvi muita coisa desde sistemas acessíveis até outros cujo preço roça as altitudes estratosféricas, e apesar de em tempos ter tido exactamente a opinião do mito, hoje ela é diferente. Nos meios de quem dá à questão da qualidade de reprodução maior importância receio que o CD não terá lugar no futuro, ao contrário do vinilo (por enquanto), até porque os recentes SACD vêm substituir com enormes vantagens os actuais CD, mas não acredito que venham a ter algum sucesso comercial porque vejo o futuro reservado ao mp3. Aliás já começámos a assistir ao declínio do CD, bem patente na crise das actuais indústrias discográficas. Para as actuais gerações que vão crescendo no meio do mp3, a música está ao alcance de um click ou download. Talvez daqui por 20 anos, com alguma ironia, alguém venha enaltecer as superiores qualidades musicais do CD relativamente ao mp3 e ser confrontado por afirmações que isso é totalmente falso e um mito. E isto resume-se ao que disse no início, na essência acaba por ser uma questão de gosto, e quem se habituou à comida temperada tem dificuldade em gostar de outra diferente. Mas mais importante, é ouvir e só a partir daí tirar as suas conclusões, sejam elas quais forem.
Para quem estiver interessado, pode ir a http://www.hificlube.net/, site de José Vítor Henriques, que até há um tempo mantinha uma colaboração regular no DN e em tempos mais idos uma rubrica na extinta XFM, e sob “Arquivo”, “Gira-Discos”, ler o artigo “Um LP chamado desejo” publicado em 2004 no DNA.
Um abraço
E o cartaz do ano passado ?
Acho-o ainda mais impressionante que o deste ano...
Não esquecer que há webcast do festival em directo, à semelhança do Lollapalooza!!
relembrar o "walkman", é sem dúvida um sentimento nostálgico que se apodera de quem o teve, um sentimento que estas novas gerações nunca terão o prazer de o sentir...pelo menos eu lembro o quanto feliz fiquei quando o meu pai me ofereceu um "walkman"...passou a ser o meu companheiro inseparável!!
Éramos nós e a musica, sem visores, sem informação digital, só nós e os botões:"FF";"RW" e "PLAY"!Lembram-se quando queriamos ouvir uma música que a gente gostava mais e a procurava-mos puxando a cassete para trás ou frente, era uma aventura!!!Bons tempos...quanto ao vinyl, sou um fã incondicional.O som caracteristico e inimitavel, o ritual de por a agulha no sitio certo...é sem dúvida muito mais intimista que um cd, mais uma vez me acho previlegiado em poder ter tido estes pequenos grandes prazeres de quem gosta muito de música!!!E vocês??
Provavelmente terei sido mal interpretado. Eu sou um fã incondicional do vinil, tenho 3 pratos e quase 1000 discos, alguns até bastante raros. O que eu quis dizer foi que o vinil só ganha nesta mística do "pôr a gulha" e dos gestos característicos ao "passar" música.
Em relação à qualidade acrescento dois pontos à discussão. Primeiro: o CD só abriga determinadas frequência por limitações de "memória" ou de espaço. Mas, com o desenvolvimento da tecnologia, começamos a depararmo-nos com discos muito maiores (dual.blue-ray com 54 Gb?!?). Se isto for para a frente (para ir para a frente tem que ser do interesse das grandes labels, não é?) e para um cd de 10 músicas, há 5Gb por música que dá para colocar todas as frequência, até aquelas que nem os elefantes ouvem...
Ponto número dois - existem leitores de cds com saídas digitais e mesas de mistura digitais e até colunas digitais. Neste tipo de equipamento viajam apenas zeros e uns até ao momento em que o som sai da coluna. Imagino eu que não é possível haver menos ruído ou perda de qualidade do que isso...
Mas a verdade é que há muito boa gente que gosta do barulhinho da agulha do vinil a cada volta que dá...
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