Cults - Cults (2011)
pelO Puto
Os anos 60 foram dos mais importantes (senão os mais importantes) da história da música popular. Para além das melodias intemporais que nos forneceram, foi a década em que mais estilos germinaram ou se desenvolveram. O rock, a soul e a pop dominaram a partir daí as audições do grande público e dos melómanos. Além disso, serviram de inspiração para a música vindoura e lançaram as sementes para tantos subgéneros e correntes subsequentes. Há tanta adoração por esses anos de ouro que, consciente ou inconscientemente, directa ou indirectamente, muitos músicos vão aí beber influências e adaptar sonoridades. É o caso dos norte-americanos Cults, que editaram há uns meses o seu álbum de estreia. Canções frescas e trauteáveis, harmonias apelativas, instrumentação competente em torno de ritmos simples, sons vintage com tratamento contemporâneo. Evocam as girls groups, as toadas californianas, as produções de Phil Spector, tudo envolvido numa falsa inocência sugerida pela voz cândida de Madeline Follin. Soam simultaneamente a familiaridade e a experimentação, como são bons exemplos “Go Outside” (com citações de Jim Jones, líder do Peoples Temple, que aparecem um pouco por todo o disco), “You Know What I Mean” (um dos melhores temas do ano), “Never Heal Myself”, “Never Saw The Point” e “Rave On” (uma homenagem a Buddy Holly?). Pode não ser o melhor disco do ano, mas é dos melhores do verão que se encerrará em breve.
Sítio oficial dos Cults
Cults no MySpace
Cults no BandCamp
Videoclip de "Abducted"
Videoclip de "Go Outside"
1 Comments:
é interessante, mas dificilmente passará deste ano...
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