{ background: black }

quarta-feira, abril 30, 2008

Barcode 2008 v04

 pelO Puto 



Depois do Dia do Trabalhador, o Puto volta a laborar no Barcode, em Braga. É na próxima sexta, 2 de Maio, dia de Santo Atanásio.

Esta semana a acariciar os ouvidos... do Puto

 pelO Puto 

Joy Zipper - The Heartlight Set
Operator Please - Yes Yes Vindicate
Spoon - Ga Ga Ga Ga Ga
Unkle - War Stories

terça-feira, abril 15, 2008

Yo soy el quiebra ley

 pelO Puto 



Na próxima sexta (18 Abr) regresso ao Clandestino, o melhor bar de Aveiro, após demasiado tempo de ausência (Shame on me!). Apareçam e acusem-se.

Takka Takka – We Feel Safer At Night (2007)

 pelO Puto 



Apesar do disco de estreia deste quinteto de Brooklyn ter sido editado em 2006, antes deste borough de Nova Iorque estar na berra, houve reedição e distribuição mundiais em finais do ano passado, onde ao alinhamento original se acrescentava o EP “Talk Faster”. Apesar de não serem originais nem revolucionários, existe aqui encanto suficiente para cativar quem aprecia estas misturas de folk com indie, que é como quem diz uma banda-citadina-que-tenta-dar-a-entender-que-vive-no-campo.
Os temas, de uma leveza descomprometida, tanto abordam situações comuns (miúdas, actrizes, testemunhos de um quotidiano pouco turbulento) como reflectem sobre assuntos desconcertantes ou simplesmente disparatados. Sem sustos, a energia é substituída por harmonia, sendo a guitarra acústica o elemento preponderante, onde se sobrepõem algumas linhas eléctricas, harmónicas, pianos e palmas de forma harmoniosa. Entrevem-se influências de algumas fases de Bob Dylan, dos Velvet Underground ou dos Pavement, bem como semelhanças com os Clap Your Hands Say Yeah, seus companheiros de estrada nos primeiros tempos.
Ainda aparentam estar num estado menos refinado, mas creio que um segundo álbum, a ser lançado este ano, poderá vir a confirmar este potencial e impeli-los para um público maior.
Sítio oficial dos Takka Takka
Takka Takka no MySpace
Amostras: Coco In The Corner | She Works In Banking | Draw A Map

Killing Me Hardly

 pelO Puto 



Confesso que tinha uma grande expectativa em relação ao concerto dos The Kills. Nunca os tinha visto ao vivo, mas quem já o tinha feito transmitiu-me que existia energia sexual em palco para dar e vender. “U. R. A. Fever”, single de apresentação do novo álbum, serviu para a ignição. “Midnight Boom” ocupou grande parte do alinhamento, mas houve ainda tempo para recuperar alguns temas dos dois álbuns anteriores. Ritmos pré-gravados servem de fundo para a fúria das guitarras e o carisma das duas figuras. É certo que o jogo entre os dois não se concretizou fortemente no plano físico (“Bye bye love”, cantariam os Everly Brothers), mas os poucos momentos de proximidade criaram uma tensão que (ainda) serve de alimento para a dinâmica do duo. Jamie “Hotel” Hince castiga as seis cordas enquanto Alison “VV” Mosshart se entrega a histórias de redefinição e destilação da paixão. Por vezes, como que a encarnar o casaco pele de leopardo que envergava, dava voltas na jaula do palco, ou então amplificava a energia e o suor com a sua guitarra. No encore deixaram o último trabalho de fora, interpretando “Love is a Deserter” e “Dropout Boogie”, despedindo-se de um concerto que durou pouco mais de uma hora. Por esta e por outras razões, acho que me soube a pouco.
Os The Whip, que garantiram a primeira parte, não me aqueceram nem arrefeceram, tal é a semelhança com tantos outros projectos de pop electrónica monocórdica que por aí proliferam, dando a impressão que o electroclash se reciclou em vez de ir para o aterro.
Confesso que são os concertos que me cativam na Casa da Música de 4 em 4 semanas, pois o conceito Clubbing, importado de países mais a norte, não me convence, uma vez que modas não são o meu forte. No entanto, há que admirar a heterogeneidade de públicos que confluem para o imponente edifício nessas noites.

terça-feira, abril 08, 2008

All Sparks

 pelO Puto 



Em menos de meio ano, os Editors regressam a Portugal para, surpreendentemente, actuarem perante duas salas cheias. A presença de muita gente no Coliseu do Porto, a meu ver, veio comprovar que não há mais adesão de pessoal do Norte e até de Espanha a concertos na capital devido às elevadas despesas adicionais, mas que esse número é significativo e justifica a deslocação dos artistas cá acima.
Por volta das dez da noite ouviram-se as linhas sintéticas que marcam o início de “Camera”, um dos mais belos temas injustamente esquecidos no concerto do Restelo. A partir daí incendiaram a plateia com “An End Has A Start”, “Blood” e “Bullets”. A partir daí o público, já de si rendido em disco, ficou extático com a prestação do quarteto de Birmingham. Tom Smith é um frontman enérgico e contagiante, a coesão da banda é exemplar e a sua música encanta ainda mais com toda aquela entrega e amplificação. O alinhamento foi equilibrado, repartido entre os dois álbuns, havendo ainda tempo para uma versão de “Lullabies”, dos Cure (que não me impressionou), e uma versão de “Push Your Head Towards The Air” só com guitarra acústica e piano. Terminaram vigorosamente com “Bones” e “Fingers In The Factories”, com o pessoal a pedir mais. No encore entremearam um lado b com dois singles de “An End Has A Start”: o início com “The Racing Rats” e o final épico de “Smokers Outside The Hospital Doors”. A julgar pelas caras no final, deixaram o público rendido e satisfeito, deixando antever novas vindas a Portugal.
De lamentar a falta de respeito de algumas pessoas pela proibição de fumar num recinto fechado que já sofreu um incêndio. Não é com estas rebeldias inconsequentes e sem causa que o sentido de cidadania do país progride.

quarta-feira, abril 02, 2008

Barcode 2008 v03

 pelO Puto 



Após dois meses de ausência das selecções musicais em Braga, o Puto retorna ao Barcode. É no próximo sábado, 5 de Abril, dia de São Vicente Ferrer.

Esta semana a acariciar os ouvidos... do Puto

 pelO Puto 

The Chromatics - Night Drive
The Kills - Midnight Boom
Nick Cave & The Bad Seeds - Dig Lazarus Dig
Panther - 14 Kt God

Okkervil River - The Stage Names (2007)

 pelO Puto 



Como resultado da tournée extensiva de apresentação do penúltimo álbum (“Black Sheep Boy”), um volume audaz de folk e indie que, na altura, me passou despercebido, a banda ganhou uma coesão exemplar que lhe permitiu concertar novo disco de uma forma mais intensa e participativa. Veio-me à memória o percurso dos The National, que almejaram alguma fama com o seu terceiro trabalho, mas que atingiram um estádio de primazia com o quarto.
“The Stage Names” é plenamente preenchido com energia, algo que faltava ao registo anterior para atingir este patamar de excelência. A folk envolve um esqueleto rock onde tudo ocupa o seu lugar minuciosamente, não admitindo atropelamentos desnecessários. A guitarra tanto lidera o som como serve de coro, um violoncelo pode perfeitamente liderar o ritmo, os sopros encaixam na perfeição, um piano não se coíbe em dar o seu contributo, a bateria é pulsante e instigante e a voz de Will Sheff está mais segura em diversos tipos de registo, que tanto pode parecer um choro como um consolo, um grito ou um embalo, uma ode ou uma confissão. As alusões a actrizes porno, canções sobre números, livros, barcos e outras ideias, experiências e percepções são intensa e harmoniosamente cantadas pelo líder através de textos densos e de referências aparentemente dispersas. Em nove temas envolvem-nos e revolvem-nos com sentimentos de desilusão e revolta, atingindo-nos com sinais concretos da nossa existência e cumplicidade e não com conceitos abstractos e figurativos.
Quer levemos um soco no estômago ou soframos um aperto no coração, que mais nos resta que não seja esperar que a dor passe e que nova investida nos atinja?
Sítio oficial dos Okkervil River
Okkervil River no MySpace
Videoclip de "Our Life Is Not A Movie Or Maybe"
Videoclip de "Girl In Port"
Amostras: Unless It's Kicks | A Hand To Take Hold Of The Scene | Plus Ones

terça-feira, abril 01, 2008

Freche nius

 pelO Puto 

A banda norte-americana The National cancelou a sua vinda a Portugal no próximo dia 11 de Maio. A razão alegada foi a comparência da banda, na véspera da prestação na Aula Magna, num concerto de Miranda Lambert, a nova estrela rebelde da country music. “Os concertos estavam todos esgotados, e só conseguimos bilhetes para Vancouver”, justificou Matt Berninger, cuja afeição por este género musical o impele a usar umas botas alusivas. "Pedimos desculpa aos portugueses e prometemos levar as garrafas de vinho em Julho", acrescentou.

Os Radiohead vão colaborar com Demis Roussos. Thom Yorke tomou conhecimento da existência do sexagenário grego quando, em meados da década de 90, em conversa com um fã português sobre a expedição de Napoleão à Rússia, foi traduzido o número de derrotados, ou seja, dez mil russos. A partir daí descobriu o universo dos Aphrodite’s Child e do rock progressivo, que tanto influenciaram a banda inglesa em “Kid A”.


Os Pavement vão-se reunir. Após Scott "Spiral Stairs" Kannberg ter insinuado que se iriam reunir a propósito dos 20 anos da editora Matador, as expectativas cresceram. Stephen Malkmus veio confirmar que a reunião da banda vai acontecer ainda este ano, no dia 30 de Maio, no quintal da sua casa em Portland, para comemorar o seu aniversário. Haverão salsichas, costeletas de porco, batatas fritas e saladas diversas. No final rumarão a um hipódromo, onde Bob Nastanovich lhes recomendará os melhores cavalos para apostar, incluindo os que tem criado e treinado.