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sexta-feira, novembro 30, 2007

ESTA SEMANA A ACARICIAR OS OUVIDOS... do Tipo

 pelO Tipo 

Fabric 34 by Ellen Allien
International Pony - Mit Dir Sind Wir Vier
Tomahawk – Anonymous
DJ Ride – Turntable Food

Late Night with Josh Rouse

 pelO Puto 



Perto da meia noite, depois de uma primeira parte cantada em castelhano, da qual só ouvi um tema, e de um pequeno intervalo, subiu o pano de palco no belo Theatro Circo, em Braga, avistando-se Josh Rouse, agora radicado na vizinha Espanha, e a sua banda. No ano passado tinha-o visto apenas acompanhado pela guitarra e, pontualmente, por um quarteto de cordas, pelo este formato ao vivo ainda era novidade para mim.
Formal, pouco expansivo mas sempre simpático, fez desfilar um rol de canções que voltam a apaixonar, naquela mistura de folk, soul e pop interpretada com talento e destreza. Desconhecia os temas do último álbum, que provavelmente veio promover, mas o permeio com temas de álbuns anteriores foi o catalisador da reacção do público, principalmente com os temas de “1972”. Tímido ao princípio, mas entusiasta e de pé a partir de “Comeback (Light Therapy)”, o público dançou e acompanhou a banda, que se mostrou mais desenvolta a partir daí. Não faltaram êxitos como “Love Vibration”, “Quiet Town” ou “It’s The Nightime”, nem temas indispensáveis como “1972” nem “Slaveship”. Valeu a pena a ida a Braga e o deficit de sono desse dia.

quarta-feira, novembro 28, 2007

Esta semana a acariciar os ouvidos... do Puto

 pelO Puto 

Celebration - The Modern Tribe
Efterklang - Parades
The Fiery Furnaces - Widow City
Liars - Liars

quinta-feira, novembro 22, 2007

Secundum tempus in Bracara Augusta

 pelO Puto 



4 meses depois, O Puto (sob a designação Tree Eléctrico) reincide em Braga, novamente no Barcode (morada e mapa aqui). É no próximo dia 23 (sexta).

quarta-feira, novembro 21, 2007

A Start Has An End

 pelO Puto 



Seis e meia da tarde no Chiado. Numa conhecida filial de uma cadeia de venda de discos, livros e outros produtos taxados com dois escalões de IVA, os Editors tinham agendado uma sessão de autógrafos. Nunca a tal tinha assistido, pelo que aproveitei a oportunidade, uma vez que acho que os putos tinham um ar simpático. Eu e uma querida amiga, munidos de discos não comprados na dita loja, cumprimentamos os rapazes, que se mostraram bastante acessíveis e afáveis ("It's always nice to see a record", afirmou Russel ao ver os vinis), pelo que, em troca dos rabiscos, foi-lhes encarecidamente oferecida por essa amiga uma boa garrafa de vinho maduro. Quando saímos de lá sentíamo-nos como os pós-adolescentes que estiveram connosco no bar à espera.
O Pavilhão do Restelo estava composto, por assim dizer, para receber a segunda vinda (desta vez em concerto próprio) do quarteto de Birmingham. Entrei no recinto já a primeira parte tinha terminado (os The Boxer Rebellion não vieram e foram substituidos pelos Mazgani, projecto do iraniano com o mesmo nome), mas aos primeiros acordes de "Lights" a multidão reagiu pronta e energicamente. A partir daí o público esteve na mão deles, não como um gesto calculado, mas porque era a única coisa a fazer. Após um desfilar de 3 canções fortes ("Bones", "Bullets" e "An End Has A Start"), encheram a atmosfera com o belo crescendo de "The Weight Of The World". Abordaram ambos os álbuns de forma equitativa e ainda um tema novo, deixando antever alguma evolução. Revelaram uma entrega formidável e sentiu-se um prazer partilhado por ambos os lados: uma plateia efusiva e claramente emocionada e uma banda que transpira honestidade e talento compositivo e interpretativo. A energia no palco, bem patente nos movimentos e trejeitos do imparável Tom Smith, contagiou aqueles (e eram muitos) que cantavam, pulavam e se agitavam a esta música que se torna ainda melhor ao vivo.
Uma grande prestação que quase fez apagar a memória do concerto da semana anterior (esta era inevitável).

terça-feira, novembro 20, 2007

My Bloody Value In Time

 pelO Puto 



Perdi a cabeça e acabei de comprar um bilhete para ver os My Bloody Valentine em Londres no dia 23 de Junho de 2008! Depois de (finalmente) anunciarem um disco novo ainda este ano, estarão de volta aos palcos em finais de Junho - inícios de Julho em apenas em 3 cidades do Reino Unido. Como aquilo se tem vendido a uma velocidade estonteante, tentei a minha sorte e consegui um lugar na plateia na última data da capital (Roundhouse). Estou aqui que nem me tenho.

quinta-feira, novembro 15, 2007

Battles - Mirrored (2007)

 pelO Puto 



Muito se tem falado sobre os Battles, quarteto nova-iorquino que reúne membros de várias proveniências - Helmet, Tomahawk, Don Caballero, Prefuse 73. Após alguns ensaios num trio de EP’s, lançaram uma bomba chamada “Atlas”, que antecedeu o álbum de estreia. Confesso que, quando ouvi pela primeira vez, causou-me estranheza, essa reacção indefinida que raramente me assola em termos musicais. Passadas algumas audições, estavam traçados os planos para uma redescoberta.
Não sei se foi algum desígnio da banda que determinou esta consequência, mas a mim quer-me parecer que se recontextualizou o pós-rock através do pós-punk ou do hip hop, no sentido em estrutura é pautada como certas vertentes do pós-rock mas o ritmo aqui é o mestre de cerimónias. Tudo isto é exponenciado com uma energia vibrante do início ao fim do disco, em que a bateria é o maestro e os restantes instrumentos executantes em delírio. As camadas de guitarra espelham-se nas linhas sintéticas, a secção rítmica altera os padrões milimetricamente e a voz manipulada funciona como outro instrumento, entrecruzando-se nas malhas. Do conjunto dimana um irresistível apelo, quer seja à dança ou à deambulação, e uma descarga que o cérebro não consegue digerir facilmente, o que pode resultar num choque saudável. A espaços assemelham-se a muita coisa mas no todo não lembram ninguém. Atrevo-me a repetir o que disse sobre o álbum “Desperate Youth, Blood Thirsty Babes”, dos TV On The Radio: quem disse que a originalidade tinha morrido?
Goste-se ou não, o certo é que não deixam ninguém indiferente. São tudo menos inofensivos. Pelos rumores que li na net, ao vivo são arrasadores. Para quando um concerto?
Sítio oficial dos Battles
Battles no MySpace
Videoclip de "Atlas"
Videoclip de "Tonto"
Amostras: Race: In | Leyendecker | Tij

quarta-feira, novembro 14, 2007

ESTA SEMANA A ACARICIAR OS OUVIDOS... do Tipo

 pelO Tipo 

Cool Train Crew – RMX’s 2000/2006 Southeast D’N’B Flavas
Radiohead – In Rainbows
Robert Wyatt – Comicopera
Burial – Untrue

terça-feira, novembro 13, 2007

Olhó videoclip fresquinho!

 pelO Tipo 

A secção "Teleputo e Vídeotipo" foi actualizada com mais 4 videoclips:
- LCD Soundsystem: Someone Great
- !!!: Yadnus
- The Whitest Boy Alive: Golden Cage
- Sam The Kid: À Procura da Perfeita Repetição

Esta semana a acariciar os ouvidos... do Puto

 pelO Puto 

Electrelane - No Shouts No Calls
Howling Bells - Howling Bells
PJ Harvey - White Chalk
Róisín Murphy - Overpowered

Interpor ou não interpor

 pelO Puto 



É raro eu querer ver uma banda mais que uma vez por ano, mas os Interpol deixaram-me uma boa impressão no SBSR. Quando anunciaram a primeira parte, nem hesitei em comprar o bilhete, apesar de apenas 4 meses separarem as duas datas.
Quando os Blonde Redhead entraram em palco, o Coliseu ainda não estava lotado. Munidos de parcos meios, uma vez que são apenas um trio afogado em equipamento alheio, deram um concerto breve mas cativante, apoiado nos três álbuns mais recentes. De “Misery Is A Butterfly”, álbum que introduziu ao seu mundo, reconheci “Falling Man” e “Equus”, sendo este último uma canção inspirada no acidente que a vocalista Kazu Makino sofreu devido a um cavalo e que motivou o hiato de 4 anos desde “Melodie of Certain Damaged Lemons”. Foi com um tema deste disco que iniciaram o alinhamento, e o público que os desconhecia ficou logo a perceber que electricidade e doçura eram a imagem de marca da banda. Apesar da qualidade técnica do som os prejudicar, principalmente nos temas mais densos, penso que conquistaram a audiência com a beleza dos temas e a carga sónica que a suporta, tornando apoteótico o final com “23”.
Às dez e pouco entraram os tão aguardados conterrâneos, para gáudio de um público numeroso e de várias idades, desde os adolescentes aos trintões, demonstrando que é uma banda transversal, juntando na mesma audiência aqueles para os quais apenas o disco de estreia é relevante, os que se deixaram conquistar tardiamente por “Our Love To Admire” e os restantes que acompanham e (ainda) apreciam uma das bandas mais importantes do neo-ou-raio-que-o-valha-pós-punk, nos qual me incluo. “Pioneer To The Falls”, a melhor faixa do álbum recente e tal como no SBSR, abriu a prestação e arrebatou. O alinhamento foi bastante equilibrado, com incursões em todos os álbuns, sendo que os temas de “Turn On The Bright Lights” induziram reacções mais entusiásticas, apesar de bem localizadas. A meu ver, houve um número excessivo de abordagens a “Our Love…”, e o momento de devaneio psicadélico chamado “The Lighthouse” esmoreceu-me a atenção. No aguardado encore, tocaram “Take You On A Cruise”, uma das minhas preferidas de “Antics” que foi esquecida em Julho, e concluíram da melhor maneira com um cruzar em filigrana de dois temas excelentes: “Stella Was A Diver And She Was Always Down” e “PDA”, os quais recuperaram a energia do grupo em que me incluía, com proto-mosh incluído.
Apesar de alguns defeitos técnicos e da métrica do registo ao vivo não diferir muito dos discos, estes nova-iorquinos tiveram o público nas mãos e as pessoas retribuiram, e não foram precisas grandes oralidades para que a comunicação se estabelecesse. A música é a mensagem, o ritmo forte e demarcado é o contexto, o estilo é a linguagem, a melancolia afiada é o meio através do qual os estados de alma comungam. Ainda são uma banda com nome próprio que revolve as pessoas. E, para que não restem mais dúvidas com a famigerada similaridade e se resolva isto de uma vez por todas, aqui ficam umas diferenças bem evidentes entre duas bandas porta-estandarte sobejamente conhecidas.

Joy Division
1. Não se incluíam num contexto musical favorável, pois o tom cinzento da sonoridade era um reflexo de uma época e de uma forma de estar.
2. Não lidaram bem com o sucesso.
3. Nasceram do punk e levaram-no mais além.
4. A urgência, a sonoridade nervosa e a inquietude foram uma constante.
5. Raramente utilizavam o jogo das duas guitarras.
6. A voz de Ian Curtis nunca se assemelhou à do Michael Stipe.

Interpol
1. O acessível e o significante estão envoltos num cenário urbano-mas-não-tão-depressivo.
2. A fama até lhes assenta bem.
3. Compensam a menor originalidade com um maior rol de influências, que vai para além dos anos 80.
4. A consciência e a sobriedade dominam e o controlo é imagem de marca.
5. Raramente incluem longas linhas sintéticas às suas composições.
6. Paul Banks nunca soou a Jim Morrison.

Tenho dito!

sexta-feira, novembro 09, 2007

Puto Mouco no Radio

 pelO Puto 



Pela primeira vez em Portugal, o Puto e o Mouco dividem uma sessão musical. Não é um duelo, não é uma batalha, não é uma OPA hostil, mas pode-se comparar à hipotética fusão BCP-BPI. É já no próximo sábado (10 Nov), na melhor emissora do Porto e arredores.

Off topic: Peço desculpa pela ausência, mas tenho estado de férias.