Quem me conhece sabe da minha paixão pelo Porto. Estudei por lá durante 5 anos, fiz novas amizades, reforcei outras e criei laços inquebráveis com esta cidade. Para além do encanto de certos espaços eternos ou efémeros, presos entre ruas estreitas e cinzentas, e do magnetismo abrangente da Invicta, foi nela que aprendi a gostar de sair à noite e a criar alguns hábitos difíceis de abandonar. Para mim componentes fundamentais para uma noite divertida e preenchida são a boa companhia e a boa música. Procuro sempre conjugar as duas, uma vez que a receita dá sempre resultado. Como resultado da procura da segunda, frequentei e frequento, sempre que posso, vários espaços no Porto, uns que já fecharam, outros que abriram e outros que ainda perduram.
Nos tempos da faculdade recordo-me do saudoso Café Luso (para iniciar a noite), do Maldoror, do Mercado, do Swing, de algumas festas na Number One, do
Batô, do Pinguim, do Cordoaria e dos grandes
O Meu Mercedes É Maior Que O Teu e Meia Cave.
Quando comecei a trabalhar, a disponibilidade limitava-se a alguns fins de semana. Para além frequentar alguns dos espaços já mencionados, ao longo dos anos fui descobrindo o Comix, o Anikibobó, o Labirinto, o
Triplex, o
Espaço Maus Hábitos, o
Blá Blá, etc.
Nos últimos meses vim-me a afeiçoar a dois espaços: O
Radio Bar e a
Tendinha dos Clérigos. O primeiro ainda não tem um ano, mas já se tornou um sítio de eleição, pela familiaridade, pelo empenho, pela diversidade musical, pelo carisma dos anfitreões, pela simpatia e pelo conforto. O segundo, principalmente aos sábados (animados pela dupla Pedro Miguel Castro e Gonçalo Morgado), garante boa selecção musical (com algumas incursões inesperadas mas sempre benvindas) e um ambiente diversificado e despretensioso. Mui recomendáveis, juntamente com o
Mercedes.