Citrus é um género de plantas da família
Rutaceae, ordem
Sapindales. Os seus frutos (laranjas, limões, limas, tangerinas, toranjas) são sumarentos e de sabor diverso, indo, no limite, do muito ácido ao dulcíssimo. É neste intervalo de gustação que a música dos Asobi Seksu se define.
Do trabalho de estreia para o segundo álbum há uma clara evolução. Os ritmos resultam mais dinâmicos, a guitarra encontrou um maior espaço e a sensibilidade
pop está mais apurada. A voz doce de Yuki tece as linhas melódicas que acompanham o inglês e o japonês das palavras, expondo-se mais mas revelando uma segurança que afasta qualquer relação entre o timbre agudo, tão característico em vocalistas nipónicas (Blonde Redhead, Deerhoof, Pizzicato Five), e uma leveza algo desafinada. A guitarra de James Hanna exibe uma agilidade incrível, com inflexões e acordes que ora remetem para a densidade do
shoegazing ora citam a simplicidade de um
twee pop, como que anulando a diferença entre a visão masculina e feminina, no sentido em que é apurada e abrangente. James também dá uma preciosa ajuda dando voz a um tema e acompanhando Yuki aqui e ali. Os teclados preenchem os espaços intermédios, proporcionando ao conjunto uma aliança entre a harmonia e a robustez.
Apreciem este suculento doce, que não tem contraindicações.
Para ver ao vivo, na
Casa da Música, no próximo dia 1 de Dezembro.
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