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quinta-feira, maio 29, 2008

ESTA SEMANA A ACARICIAR OS OUVIDOS... do Tipo

 pelO Tipo 

Sr. Alfaiate – A Vida na Ponta dos Dedos
James Pants – Welcome
Crystal Castles – Crystal Castles
Fuck Buttons – Street Horrrsing

Tapes 'n' Radio

 pelO Puto 



Sábado (31 Mai) é dia de Tree Eléctrico no Radio. Estão convidados para ouvir uma selecção de vinilos e cassetes de acrílico e alumínio.

Seus Animais!

 pelO Puto 


Imagem obtida a partir do blog Campainha Eléctrica.

Com um atraso de mais de uma hora, entrou no palco do Cinema Batalha uma figura alta e franzina. Bradford Cox, mentor dos Deerhunter, apresentava-se a solo com o seu projecto Atlas Sound. Passou o concerto sentado, a manipular aparelhos, enquanto as colunas debitavam um som ambiental por camadas, intimista e envolvente, denso e belo, com a voz de Brad a flutuar nesta cascata musical. Estas composições electrónicas, a aludir ao shoegazing, sugestionam paisagens oníricas, ora belas ora assombrosas, o que me fez entender melhor porque a 4AD deitou mão na edição de “Let the Blind Lead Those That Can See But Cannot Feel”.
Depois da breve actuação do senhor sentado, entravam em palco o (agora) trio formado por Avey Tare, Panda Bear e Geologist (com a sua lanterna de mineiro). O longo tema de início define os Animal Collective: imagine-se os Beach Boys por alturas de “Pet Sounds”, mas com mais drogas em cima e sem o manancial de instrumentistas que lhes foi providenciado, dispondo apenas de uma parafernália electrónica, de uma guitarra e algumas percussões. Debruçaram-se principalmente sobre o último álbum “Strawberry Jam”, onde a maturidade de quem sabe lidar simultaneamente com a experimentação e com as estruturas convencionais é evidente. Apesar das estranheza que poderia provocar num público curioso que mal os conhecia (é um concerto patrocinado, com muita gente convidada), surge sempre alguma empatia nos ritmos mutantes, nas complexas harmonias vocais e nas densas composições. Estas são animalescas, pois tão depressa estão contidas como são soltas da sua trela, dando largas a explosões, estridências e improvisações diversas, mas mantendo uma coesão admirável. No início ainda abordaram esse hino de Panda Bear que dá pelo nome de “Comfy In Náutica”, e terminaram com uma abordagem invulgar ao que me pareceu um samba. Pelo meio flirtaram com a pop e com a dança, deixando um gosto doce na boca. Não voltaram para um encore, provavelmente para nos proteger de uma hiperglicemia.

quarta-feira, maio 28, 2008

Olhó Videoclip fresquinho!

 pelO Puto 

Dois interessantes videoclips com metodologia slow motion e muitos líquidos...
- The Spinto Band: Summer Grof;
- Santogold: LES Artistes.

segunda-feira, maio 26, 2008

Esta semana a acariciar os ouvidos... do Puto

 pelO Puto 

Clinic - Do It!
Dead Combo - Lusitânia Playboys
Foals - Antidotes
Gnarls Barkley - The Odd Couple

segunda-feira, maio 19, 2008

Não há duas sem três

 pelO Puto 



O Puto e o Kraak estarão na próxima quinta feira (22 Mai) a seleccionar música no Incógnito. Aproveitando a deslocação, o Puto dividirá duas sessões no Sound Club (Largo de Santos, 9, Lx), nos dias 21 e 23, com os amigos Kraak e Miss Extravaganza, respectivamente.

Spoon - Ga Ga Ga Ga Ga (2007)

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Apenas comecei a prestar atenção a esta banda norte-americana a partir do álbum anterior ("Gimme Fiction", de 2005), um interessante compêndio de indie rock, que tanto absorvia influências do pós-punk como do lo-fi e outras vertentes do rock alternativo. Apesar de ter lido e ouvido muito boas críticas em relação ao mais recente trabalho, só há pouco tempo lhe dei a devida atenção.
Aquilo que a banda liderada por Britt Daniel constrói é uma sólida e equilibrada ponte entre ritmo e melodia, com guitarras bem doseadas que alternam entre estes dois eixos, teclados oportunos e, por vezes, marcantes (ouça-se a bela "The Ghost Of You Lingers"), percussões métricas, instrumentos adicionais bem seleccionados (destaco os sopros em "You Got Yr. Cherry Bomb" e "The Underdog"). A voz semi-rouca de Britt tinge perfeitamente este tecido sonoro, fazendo lembrar Tom Barman e até os dEUS em certas fases, se bem que os Spoon não disparam em tantas direcções como os belgas. O groove é frequente e mesmo a leve incursão por terrenos da música latina é bem sucedida, comprovando o talento e a experiência acumulada em 14 anos de carreira. O resultado é coeso, sedutor (diria até sexy) e merecedor dos bons juízos que referi.
Depois de ouvir este disco várias vezes, arrependi-me por não ter assistido ao concerto de Fevereiro na Aula Magna.
Sítio oficial dos Spoon
Spoon no MySpace
Videoclip de "The Underdog"
Videoclip de "Don't You Evah"
Amostras: The Ghost Of You Lingers | You Got Yr. Cherry Bomb | My Little Japonese Cigarette Case

sábado, maio 17, 2008

Einstürzende Neubauten @ Casa da Música

 pelO Tipo 


Fotografia gentilmente cedida por Zé Tó

O caos melódico e soturno do colectivo alemão invadiu a CdM, sob a figura tutelar de um Blixa Bargeld entre o sussurrante, espirituoso e violentamente declamante. Centrando-se no último álbum, “Alles Wieder Offen”, mas não descurando alguns temas de “Perpetuum Mobile” ou de “Silence is Sexy”, a banda construiu paisagens sonoras envolventes e inquietantes, onde o desafio dos limites musicais continua a ser a imagem de marca. Um grande concerto e que final com uma impressionante “Youme & Meyou”!

sexta-feira, maio 16, 2008

ESTA SEMANA A ACARICIAR OS OUVIDOS... do Tipo

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Does It Offend You Yeah? - You Have No Idea What You're Getting Yourself Into
You Don't Know: Ninja Cuts
Jamie Lidell – Jim
The Black Angels – Directions to Seek a Ghost

quarta-feira, maio 14, 2008

Puto ao volante

 pelO Puto 



O Puto apresenta-se pela primeira vez a solo no mítico bar O Meu Mercedes É Maior Que O Teu, depois de uma óptima experiência no seu aniversário. É na próxima sexta (16 Mai). Como habitual, caso apareçam, acusem-se.

Nationalize them now!

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Emoções intensas encheram a atmosfera da Aula Magna no passado domingo. Perante uma plateia bastante ansiosa, uma das melhores bandas rock da actualidade prestava-se em nome próprio pela primeira vez em Portugal, depois de duas passagens em festivais de verão (Paredes de Coura 2005 e Sudoeste 2007).
O ritual iniciou-se com “Brainy”, e a reacção não se fez esperar. O concerto foi uma autêntica comunhão entre banda e público. Matt Berninger destilou emoções com a sua voz grave, as guitarras dos irmãos Dessner oscilaram entre a densidade e a beleza dedilhada, sendo tudo suportado pela excelente secção rítmica dos irmãos Devendorf. Padma Newsome, o australiano que os costuma acompanhar, injectou na sua prestação o domínio vigoroso das quatro cordas. Levantaram as pessoas das cadeiras com a pujança de temas como “Mistaken for Strangers”, “Abel” ou “Apartment Story”, o que contrastou com a comoção sentida por muita gente ao som de “Racing Like A Pro”, “Ada” ou “Daughters Of A Soho Riots”. Matt, homem que tanto se enebria pelas palavras que conduz como se retrai em pose tímida nos interregnos entre temas, ainda teve uns apontamentos de humor ao referir que as doutorais lhe lembravam a assembleia geral da ONU e que, se assim fosse, ele se sentia como o Colin Powell. Abordaram o excelente “Boxer” quase na totalidade (apenas “Guest Room” ficou de fora) e alguns temas de “Alligator” e “Cherry Tree”. No encore, durante “Mr. November”, fomos “invadidos” por Matt, que esteve a uns escassos dois metros da minha pessoa. Aí pude presenciar em pormenor toda aquela entrega mútua. Um concerto brutalmente emocionante!
Já no rescaldo, pude cumprimentar a banda, que se revelou afável, simpática e humilde, ou seja, merecedora de todo o sucesso.

Nick Cave & The Bad Seeds @ Coliseu do Porto

 pelO Tipo 



Alternando entre o recente “Dig, Lazarus, Dig!!!” e temas antigos como “Papa Won’t Leave You, Henry”, “Deanna” ou “Straight To You” (entre outros), Nick Cave e os seus Bad Seeds descarregaram a sua (agora) electricidade num Coliseu praticamente esgotado. A figura esguia de Nick Cave, com pinta de membro do cartel de Medellin, deambulando pelo palco, ora vociferando em jeito de preacher man tresloucado, ora de crooner de Hades, foi desfiando as suas histórias de amor-morte-religião-redenção-salvação, revelando um bom humor, de quem se sente em casa. Apesar das hesitações e algumas falhas, fruto talvez de ser o 2º concerto da digressão, valeu a pena. O público já não sobe ao palco para beber as suas palavras, mas o palco continua a ser o seu púlpito.

terça-feira, maio 13, 2008

Dois anos de espontaneidades

 pelO Puto 



Nem só as aparições religiosas são dignas de comemoração. A Espontânea, associação cultural e recreativa que ajudei a fundar e com a qual continuo a colaborar, está de parabéns. Que continue por muitos anos o bom trabalho de dinamização na região, com o empenho e dedicação que sempre demonstrou.

sexta-feira, maio 09, 2008

ESTA SEMANA A ACARICIAR OS OUVIDOS... do Tipo

 pelO Tipo 

The Heavy - Great Vengeance and Furious Fire
Santogold – Santogold
Four Tet – Ringer EP
Glass Candy – Beat Box

quarta-feira, maio 07, 2008

Clubbing

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No dia anterior ao concerto dos National em Lisboa, o Puto estará a seleccionar música no Sound Club, no Largo de Santos (ver aqui a localização). Apareçam e acusem-se.
Este mês está-se a revelar bem atarefado para as sessões musicais, conforme se pode constatar na barra lateral do blog.

Monozigóticos IV

 pelO Puto 



Ontem, enquanto via um documentário sobre a actriz Anna Magnani, pensei várias vezes nas semelhanças físicas desse grande vulto cinematográfico com a Amy Winehouse.

segunda-feira, maio 05, 2008

The Kills - Midnight Boom (2008)

 pelO Puto 



A ainda curta carreira discográfica deste duo tem sido um work in progress bem sucedido. No disco de estreia davam os primeiros passos com um som sujo, rude e simplista, onde as guitarras e um ambiente psicadélico velvetiano serviam de suporte aos duetos viscerais de VV e Hotel. Em “No Wow” a presença do blues era mais forte e as referências a viagens pelas paisagens americanas eram frequentes. No novo álbum apuram o estilo e acrescentam-lhe um forte apelo pop.
Ao percorrer os cerca de 34 minutos de “Midnight Boom” ressalta a impressão de um disco mais colorido, mais polido e mais refinado. Inicia-se com três fortes temas, onde exaltam o lado selvagem da natureza humana, contrastando com a sonoridade pop, que, apesar de ser numa vertente deslustrada, concede-lhes um charme que apenas se insinuava nos discos anteriores. Para isto também contribui a variedade e demarcação dos ritmos, bem como a composição de maior espectro, muito evidente nas belas harmonias vocais de Alison nas baladas “Black Balloon” e “Goodnight Bad Morning”. Acrescente-se que a metade feminina domina claramente as vocalizações neste álbum. Porém, tal tomada de consciência não abala a energia que os caracteriza. Esta ora sugere-se em potência ora resulta mais focada.
Os Kills cresceram e lançaram o seu melhor álbum até à data, onde se sintetiza a evolução e a herança.
Sítio oficial dos Kills
The Kills no MySpace
Videoclip de "U. R. A. Fever"
Videoclip de "Cheap And Cheerful"
Amostras: Tape Song | Last Day Of Magic | Goodnight Bad Morning