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domingo, fevereiro 21, 2010

Algo novo.

 pelO Mito 



Olá a todos.

Sigo o desafio do Puto e arranco finalmente para um texto. Eu sou o Mito. Sim. Digo-o alto e em bom som. E é isso mesmo que quero. Escrever em bom som coisas sobre os discos que vou ouvindo aqui e ali. Alto. Discos que me encantam e discos que me deprimem. Mexem comigo.

Poderia ser mais um texto sobre o que se ouve e o que se gosta. Mas quero desafiar o Puto a ouvir um disco comigo e a escrever sobre o mesmo. Tenho músicas demais dentro de mim. Um só gosto e uma só vida para ouvir. Bah. Belo início para mim. Assim atirado às feras sem rede. Não importa que eu estou habituado. Quero é partilhar o que tenho.

Há dias ouvi o single "The High Road" dos Broken Bells. São metades que se juntaram. Metades não. Foram dois quase improváveis. James Mercer e Brian Burton. Se ao primeiro se lhe reconhece a voz em temas dos The Shins, onde toca e canta, ao segundo só se lhe reconhece o dom quando sabemos que é o produtor Danger Mouse (metade também dos Gnarls Barkley). Ahhh. Pois. Também a mim me parecia algo não muito provável, mas a verdade é que estes dois senhores criaram uma das músicas mais interessantes para este final de Inverno. "The High Road" é o single que já roda nas rádios e que serve de amostra para o trabalho (com nome homónimo à banda) que irá sair a 9 de Março pelas mãos da Columbia Records.

Confesso que tenho um caso de amor pelos The Shins, e que isso me pode toldar a visão neste caso. Se ao Danger Mouse nunca lhe dei muita atenção (nem ao duo Gnarls Barkley), tiro o meu chapéu agora e peço desculpa. Realmente a voz de James Mercer fica mesmo bem entre aqueles arranjos mais cheios por synths vintage. Guitarras acústicas e um baixo bem balançado. Está lá tudo. A música não perde a capacidade de nos transportar para um bom sentimento, mesmo com uma letra algo confusa e que deambula pelo abandono de alguém. Mesmo quando é um abandono imposto. Enfim coisas que ele canta de uma forma divinal. Para quem não ouviu, faça então o favor de rumar ao myspace dos Broken Bells e ouvir calmamente as duas músicas que por lá param. "Vaporize" e "The High Road". Ambas um bom presságio para o que aí vem. Um bom disco para ouvir na primavera. Em que os dias já não são encharcados e o frio é uma recordação de má memória.

Apitem se gostarem. Escrevam ao Mito no mais óbvio email do mundo (queroescreveraomito@gmail.com). Abusem do vernáculo para exprimir o que sentiram ao ouvir esta bela música. Comentem, descomentem, façam o que vos apetecer. Grummpfftt.

quinta-feira, fevereiro 18, 2010

Esta semana a acariciar os ouvidos... do Puto

 pelO Puto 

Burning Hearts - Aboa Sleeping
OP8 - Slush
Spoon - Transference
Tap Tap - On My Way

quinta-feira, fevereiro 11, 2010

Sistema tripartido

 pelO Puto 

  

Jogo triplo no fim de semana gordo e sempre a somar colaborantes. Hoje (11 Fev) estarei no Era Uma Vez no Porto. No sábado (13 Fev) junta-se à festa DJ Sushi, em mais uma sessão Vai de Retro Satanás!!!, no Janela INDIEscreta. Na segunda (15 Fev), no mesmo cenário, estreia-se o colectivo NEU? (pronuncia-se 'nói'), formado pelo Rui Maia (X-Wife), pelo DJ Sushi e por mim, e pretende apostar na nova música indie/rock.

Já agora, peço ao caro leitor deste blog que me abordou no sábado passado (6 Fev), no Janela Indiescreta, que se acuse por aqui.

quinta-feira, fevereiro 04, 2010

♫ Surprise, sometimes, will come around... ♫

 pelO Puto 



É o mínimo que eu e o meu amigo Bruno podemos prometer no próximo sábado, 6 Fev, no Janela INDIEscreta.
Hoje à noite estarei no Era Uma Vez no Porto, mas com tranquilidade.

terça-feira, fevereiro 02, 2010

Sunn O))) @ MARCO (Vigo)

 pelO Puto 


Imagem retirada daqui.

Os Sunn O))) tornaram-se famosos pela sua peculiar abordagem ao som e à música, pelas suas colaborações e pelos seus concertos cerimoniais. Isto serviu para aguçar a curiosidade e não perder um actuação em terras lusas e arredores deste projecto de Stephen O'Malley e Greg Anderson. O mote do regresso foi “Monoliths & Dimensions”, editado no ano passado. À entrada do Museu de Arte Contemporânea de Vigo aconselharam a mim e aos meus amigos o uso de protectores auditivos. Depois da experiência com os My Bloody Valentine, decidi seguir a recomendação.
O palco estava escuro, a sala ia ficando saturada de fumo proveniente duma máquina, simulando uma neblina esverdeada que salientava a lugubridade. E eis a primeira descarga sonora! As guitarra apontam para as baixas frequências, em sons constantes e lentos que utrapassam o espectro acústico e fazem estremecer estruturas materiais e pessoais. A partir daí, os drones graves e os feedbacks em volume extremo foram o manto persistente. Ao fim de muitos minutos, pensei que não iria aguentar a pressão de tal parede sonora, desprovida de ritmo explícito e de melodia reconhecível. Mas eis que entra em palco o sacerdote Attila Csihar, já bem habituado a estes rituais negros. Aliás, os músicos, munidos dos seus habituais trajes com capuz, assemelhavam-se a 4 Nazgûl. Dono de uma voz versátil e treinada, Attila entoou cânticos e sons que pareciam conjurar algo, o que me levou a pensar que a imagem clássica do Inferno não deve estar muito longe deste ambiente. Até me lembrei do Apocalipse quando um trombone era soprado em palco. Embebido nesta atmosfera de missa negra, eu e muitos dos presentes deixaram-se levar por este transe, não arredando pé perante o altar ali montado, onde a música extravaza os conceitos de metal, noise, doom, experimental ou ambiental. O condutor da liturgia mudou de máscara (2 vezes) e de indumentária, rivalizando seriamente com a Karin Dreijer Andersson. A mesmerização final, prestada na profunda penumbra, foi conseguida pelo fabuloso fato reflector e pelas garras de laser.
Espectacular, sem artifícios desnecessários, terminou com o retirar dos tampões, com a salva de palmas e o agradecimento secular dos cavaleiros do apocalipse.

segunda-feira, fevereiro 01, 2010

Esta semana a acariciar os ouvidos... do Puto

 pelO Puto 

Grooms - Rejoicer
Manic Street Preachers - Journal for Plague Lovers (Special Edition)
Pants Yell! – Received Pronunciation
The Vaselines - Enter The Vaselines