Para quem ouve.
pelO Mito
Hoje não vou postar música. Vou apenas deixar aqui uma ideia: Quantos de nós temos ânsia de consumir música nova? Quantos de nós gostamos de procurar e de encontrar coisas para ouvir? Quantos de nós nos "cansamos rapidamente" de um disco e temos de ir ouvir outro?
Vá. Falem. Digam. Por favor. Vamos lá perceber como é que consumimos música por estes lados.
O que vos motiva. O que vos fatiga.
Vá. Que eu quero saber tudo.
Vá. Falem. Digam. Por favor. Vamos lá perceber como é que consumimos música por estes lados.
O que vos motiva. O que vos fatiga.
Vá. Que eu quero saber tudo.
4 Comments:
Caro Mito,
Apesar de ser um consumidor ávido de música, ainda para mais quando ela está mais disponível que nunca, seja de forma legal ou ilegal, nem sempre sinto a ânsia de ouvir aquele disco acabado de sair (por vezes ainda nem saiu oficialmente) nem consigo ouvir tanta música quanto aquela que muita gente anuncia que ouve. Há discos que me viciam, mas acho que são cada vez menos. E mesmo esses viciam durante menos tempo. Não sei se atingi um certo ponto de saturação ou se estou mais exigente.
Procuro música baseado em blogs, publicações de imprensa ou de amigos, recomendações ou simplesmente através de navegação na Internet, se bem que esta última tem sido menos utilizada, sendo, no entanto, a qual me proporciona mais surpresas.
Não gosto muito do termo "consumir", pois sugere algo massivo, que não deixa marca nem lembrança, mas talvez tenha alguma lógica para os melómanos.
Quanto à forma como consumo música, ainda sou apegado ao objecto material, pelo que compro música em CD ou vinil para ouvir na aparelhagem de casa ou do carro. Fora destes ambientes, costumo usar páginas para audição em streaming, como o Grooveshark.
Um abraço,
O Puto.
Caro Mito,
A meu ver, a música tem uma série de nuances – é percepcionada de formas diferentes por pessoas diferentes.
Apesar da sensibilidade que quase todos os humanos (e não só) têm para a música, esta vai tomando contornos diversos de lugar para lugar, de grupo para grupo, de comunidade para comunidade, de sociedade para sociedade. Ela é responsável por formatos diversos na forma como nos fazemos representar no espaço onde nos compaginamos, tendo aqui, a música, um papel preponderante na conduta e na ideologia com que cada um se identifica. O resultado é diverso: formas de vestir, formas de falar, formas de se estar na vida, que acabam por despoletar contínuos jogos de marcação de território, alguns desacatos, preconceitos, entre outras situações, resultantes da diversidade a que a música está associada.
Tive sorte de aprender a ouvir música desde que me lembro, devido à educação que tive. A influência foi de tal forma persuasiva, que me incitou alguns sintomas preocupantes relacionados com valores morais sobre a minha existência. Era demasiado pequeno e inocente, e nesta altura, a paixão pela música assolava-me constantemente.
Não sou um consumidor de música, independentemente daquilo que isto possa querer dizer. As minhas escolhas fazem-se tendo como base aquilo que aprendi a ouvir, e pouco mais. Não procuro música, gosto mais quando ela me é apresentada, podendo ou não surpreender-me. É uma forma de se fazer amor.
Prefiro ver a música como algo inato, de que se gosta ou não, independentemente da sua forma, do que a percepcionar como uma área do conhecimento (Ciência).
Abraços.
Obviamente usei o termo "consumir" para uma relação mais próxima com o gosto. Claro que cada um desenvolve as suas paixões de maneira própria (embora tenhamos tendência a agrupar-nos em volta de coisas comuns) e consciênte ou não dessas suas paixões.
Quando lancei este repto era para me dizerem de que forma ouvem música. E como é que a procuram/descobrem. E como é que essa exposição fácil nos molda.
Li um artigo à uns anos atrás (aquando do advento dos iPod's) de alguem que falava em que se preocupava tanto em encher o mesmo com novidades e outras coisas, que deu conta que não estava realmente a ouvir e a apreciar.
Aprendemos a ouvir música. Isso é verdade. Mas existem pessoas que se relacionam com ela de maneira mais próxima e com ideias fortes.
O Puto, por exemplo, gosta do suporte físico e segue os canais normais para obtenção de música. Eu sou muito diferente dele. Mas o curioso é que chegamos sempre às mesmas referências.
Mas acho que a idade nos dá muita mais calma. Torna-nos exigentes e vamos saboreando mais.
Não é uma àrea de conhecimento, é sim uma fonte de prazer que não se consegue explicar muito bem.
Faz de nós aquilo que somos.
Não acham?
Bem, já que perguntam aqui vai: Sem dúvida uma fonte de prazer que se vai refinando com o passar dos anos - ou pelo menos, o filtro vai aumentando com a idade. Quase toda a gente gosta de música. Muitos cultivam esse gosto, outros apenas vão saboreando aquilo que lhes aparece á frente, levados pela maré do meio em que estão inseridos.
Eu procuro música nova a maior parte do ano. Tenho essa necessidade. Mas ao mesmo tempo tenho a necessidade de fazer longas pausas e de ouvir apenas o que realmente gosto. Muitas das vezes, nem corro para ouvir ou comprar um álbum acabado de sair de alguma banda favorita, por ainda estar a digerir o que estou a ouvir e que não conhecia.Não gosto de sobrecarga de informação e de playlists infindáveis nos ipods (por exemplo).
Gosto de descobrir pela net (exemplo, o vosso blogue eheh) mas acho que ainda gosto mais de ser surpreendido, em qualquer parte e de ter de perguntar do que se trata.
Em conclusão, "consumo" música onde quer que esteja - carro, casa, emprego - mas, ao que dou valor, tenho de ter sempre em formato físico. E isso só mesmo o que gosto verdadeiramente e o que gosto o suficiente, para por os outros a ouvir, ao fim de semana, das 22h ás 4h00 :)
Abraço
Pedro
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