Brian Wilson R.I.P.

"Apenas" por ser a principal mente criativa dos Beach Boys já garante a Brian Wilson um lugar na eternidade. Apesar da sua música ser o reflexo do seu tempo e da sua geografia, consigo associar um sentido universal de luz à música dos californianos, temperado por muitas emoções e até por questões existenciais. Uma banda influenciada, influente, original e com ecos ao longo das décadas, cuja principal missão parece ter sido levar a alegria a milhões de pessoas. Este mês levou mais um génio.

The Beach Boys - God Only Knows

Lalo Schifrin R.I.P.

 

Sly Stone R.I.P.

 

Roy Ayers R.I.P

 

David Lynch R.I.P.

 

Steve Albini R.I.P.

Steve Albini sempre procurou novas vias na música, em especial no chamado indie rock, seja como músico em bandas tão relevantes como os Big Black ou Shellac, seja como produtor (apesar de ele preferir ser designado como engenheiro de som) de obras seminais deste género, como “Surfer Rosa”, “Rid Of Me” ou “In Utero”, tendo trabalhado com inúmeros músicos mais ou menos underground desde meados dos anos 80. O seu método muito próprio, no qual tentava obter dos músicos os que era mais essencial, foi provavelmente a razão pela qual tanta gente quis os seus préstimos. Sempre foi uma voz sonante e polémica no meio musical, criticando a indústria musical e defendendo os direitos dos artistas. Deixou-nos prematuramente ontem, quando o mundo ainda precisava dele.

Shellac - Prayer To God

Amp Fiddler R.I.P.

Amp Fiddler - I'm Doing Fine

Shane MacGowan R.I.P.

Shane MacGowan, enquanto líder e fundador dos The Pogues, foi um dos principais responsáveis por mostrar a riqueza da folk irlandesa ao mundo, fazendo-o através da linguagem do rock e do punk e da abordagem literária, que tão bem conjugava o popular com o erudito. A sua obra ecoará pelos tempos e este natal será mais triste quando ouvirmos a "Fairytale of New York".

The Pogues - A Pair Of Brown Eyes

Tina Turner R.I.P.

A cantora e compositora, nascida Anna Mae Bullock, viveu e simbolizou (e ainda simboliza) a luta e a vitória contra o preconceito e o dominante, seja de género, de raça, de idade, de condição socioeconómica ou de estilo musical. Seja na fase inicial com o ex-marido abusador, seja com a sua explosiva carreira a solo, fez tudo com uma voz e musicalidade distintas, com um cunho muito pessoal e com uma atitude pioneira e inspiradora que lhe garante uma presença na história do rock e da música popular.

Tina Turner - Private Dancer

Rita Lee R.I.P.

Fazendo jus ao nome da banda que formou nos anos 60 com Arnaldo Baptista e Sérgio Dias, Os Mutantes, a carreira musical de Rita Lee, apesar da sua base no rock, foi sempre impregnada de outros estilos, desde o psicadelismo tropical do início da carreira até às linguagens mais tradicionais, como a pop, a folk e a MPB. Será sempre recordada com uma das figuras mais irreverentes, pioneiras e influentes da música e da sociedade brasileira.

Rita Lee - Doce Vampiro

Ryuichi Sakamoto R.I.P.

José Duarte R.I.P.

Wayne Shorter R.I.P.

David Jolicoeur R.I.P.

Burt Bacharach R.I.P.

Tom Verlaine R.I.P.

2023 começou há menos de um mês mas já registou algumas perdas entre figuras de referência (Alan Rankine, Jeff Beck, Yukihiro Takahashi, David Crosby). Tom Verlaine, principal letrista e compositor dos Television, bem como seu guitarrista e vocalista, deixou-nos há 2 dias. O seu modo invulgar de composição e mestria na guitarra elétrica distinguiu a sua banda de entre os seus pares de finais dos anos 1970, onde a ética DIY dominante parece contraditória com a complexidade das canções dos Television, mas na qual se incluiram. A sua influência, principalmente na guitarra, deixa muitos descendentes. A curta discografia dos Television e de Tom Verlaine são uma prova flagrante sobre como incorporar influências (Velvet Underground, garage e pych rock, jazz, etc.) e fazer algo inovador, influente e ressoante.

Television - Venus

Martin Duffy R.I.P.

Martin Duffy ainda era adolescente quando integrou os Felt, tendo sido um elemento crucial na definição da segunda fase da vida desta banda de culto. Após a dissolução, integrou os Primal Scream desde então, onde o seu talento como pianista e teclista e as suas múltiplas influências ajudariam a moldar o seu variado tecido musical. Além de muitas colaborações, Duffy também assinou algumas das músicas das suas bandas principais e lançou um álbum a solo em 2014. Foi mais uma vítima de 2022, ano fatídico para tantos nomes do mundo da música.

Felt - Ferdinand Magellan

Terry Hall R.I.P.

Angelo Badalamenti R.I.P.

Na longa carreira musical de Badalamenti destaca-se a composição de bandas sonoras, mais notoriamente nas obras de David Lynch. A sua música minimalista e altamente sugestiva frequentemente definia a ambiência das cenas e assumia o papel de uma personagem. Deixa um legado enorme, do qual também destaco uma bem conseguida investida na pop, em parceria com Tim Booth, vocalista dos James. Os temas que compôs para a badalada série "Twin Peaks" marcaram o imaginário de uma geração inteira. Tal como Julee Cruise, a voz dessa banda sonora, Angelo deixou-nos em 2022.

Angelo Badalamenti - Laura Palmer's Theme

Manuel Göttsching R.I.P.