E o OSCAR vai para.. Trent Reznor!!

Pois é. Em noite de festa da Academia mais popular de todas, Trent Reznor lá sacou um Oscar. Pronto. Está feita a História.
"The Social Network" é a melhor banda sonora original de 2010. Disso também ninguém tinha dúvidas. E os Oscares vieram confirmar isso mesmo. Atticus Ross e Reznor tinham já levado um Golden Globe. Mereceram este também.

Para quem não viu ainda o filme, está na hora de o fazer. Nem que seja pela banda sonora.

Vejam aqui o video. Desculpem a péssima qualidade, mas não existem assim tantos. E não, não sou eu a bater palmas.

O bichinho da música

Música articulada e com exoesqueleto no próximo sábado (26 Fev), na Casa de Ló, a partir do final da tarde. Puto e Pico são os artrópodes responsáveis pela selecção. Apareçam!

Novo veterano

Após uma longa carreira errante e com pouca projecção, Charles Bradley apenas iniciou o seu percurso discográfico no novo século, editando um bom punhado de singles pela Daptone Records entre 2002 e 2010. O seu som encaixa como uma luva na abordagem daquela editora, responsável também pelo seu recém-lançado álbum de estreia. Este sexagenário transmite a energia de James Brown e encarna na perfeição o espírito de Otis Redding, transpirando soul emotiva por todos os poros. Está disponível no seu site a descarga gratuita do single de apresentação:

Charles Bradley - The World (Is Going Up In Flames)

Esta semana a acariciar os ouvidos... do Puto

British Sea Power - Valhalla Dancehall

James Blake - James Blake

Smith Westerns - Dye It Blonde

Vários - Motor City Soul: 70's Soul From Detroit

Um flor de lótus.

Foi na sexta-feira passada. Acordei para o mundo com um email e um telefonema a alertar-me que os Radiohead tinham antecipado um dia. Um dos discos mais antecipados estava finalmente na rua. Tinha de o ouvir. Caramba. Um sentido de urgência apoderou-se de mim. Fiquei imediatamente preso em "Lotus Flower". Foi assim que os Radiohead anunciaram ao mundo. Com um vídeo. E é isso que eu vou deixar aqui. O single.

Todo o disco é maravilhoso. Mas a resenha escrita fica para depois, que ainda o estou a digerir. E estas coisas querem-se calmas e ponderadas.

Por agora encantem-se. E não, não é o Jamiroquai nem a epilepsia do Ian, é mesmo o Thom a dançar, ou melhor, a sentir.

Esta semana a acariciar os ouvidos... do Tipo

Hercules & Love Affair – Blue Songs

Sixteen F**king Years of G-Stone Recordings

The Odd Future Tape Vol.1

Madlib - Beat Konducta Around The World

Dos moliceiros aos rabelos

Dupla em sessão dupla no próximo fim de semana: sexta (18 Fev) no Clandestino e sábado (19 Fev) no Era Uma Vez No Porto. Apareçam!

Obrigado Por terem esperado.

É assim que os Radiohead mostram o que andaram a fazer. Novo disco. Sim. Um novo disco que sairá já este Sábado que vem. E como sempre voltam a surpreender o mundo com uma nova invenção: o "Jornal-Álbum". Existe em várias versões e desta vez com um preço já definido pela banda. Acho que neste momento meio mundo está com ataques de ansiedade, provocados porque desta vez os Radiohead conseguem mesmo evitar o "leak". Isso é maravilhoro. O disco vai sair Sábado. Para o mundo inteiro. A Pitchfork faz notar uma coisa maravilhosa, a audição ao mesmo tempo pelos fãs. Isto é realmente maravilhoso nos dias que correm. Sábado vamos todos ouvir o disco quase ao mesmo tempo. E sem singles que apontem caminhos, nem músicas que escaparam. Nada. Ninguém sabe nada sobre este novo registo, a não ser Thom e os amigos. O verdadeiro Power to the people.

Deixo aqui o site para poderem comprar o disco. Seja em que versão for. Ah!, e queria deixar também um obrigado por lerem o que escrevo. E não disse o nome do disco propositadamente. Para descobrirem tudo sozinhos. Com a surpresa de quem abre um presente ansiado.

Aqui e só aqui.

Que INFERNO?

Consta que a primeira frase que Win Butler terá dito foi "What the hell?". Pois, eu penso o mesmo. E lá estão os Arcade Fire no mesmo patamar que o Eminem, Lady Gaga ou a Katy Perry (a outra nomeada eu nem me atrevo a escrever o nome). Pufftt. Foi assim a surpresa da noite dos Grammys. Álbum do ano para "The Suburbs".

E é assim. A caminho de se tornarem os novos U2. Grummppfft.

Fica aqui o video do momento. (As músicas que tocam no início não fazem parte do leque de apreciação da minha pessoa, estão aqui apenas como ilustração do momento. Obrigado.) Que Inferno mesmo!

Esta semana a acariciar os ouvidos... do Puto

Cloud Nothings - Cloud Nothings

Cut Copy - Zonoscope

Micah P. Hinson - And The Pioneer Saboteurs

The Phantom Band - The Wants

Esta semana a acariciar os ouvidos... do Tipo

Robag Wruhme - Wuppdeckmischmampflow

John Roberts – Glass Eights

Iron & Wine – Kiss Each Other Clean

Tosca – Pony (No Hassle Versions)

Hoje é o dia. Porque sim.

Esperava-se há anos por isto. O tempo ia passando. Se por um lado a nostalgia nos acalentava a alma, o que ouvíamos de novo eram sempre coisas incompletas. Tivemos isto em separado mas toda a gente ansiava pelo conjunto. Falo dos Strokes e do novo disco que estão para lançar. Sim. Os Strokes. É verdade. Mesmo com coisas a solo do Julian Casablancas ou o disco dos Little Joy chegaram para colmatar a falta de um disco verdadeiramente inteiro. Estas coisas são mesmo assim. Necessitamos delas inteiras.
E isso leva-me a apresentar este single. "Under Cover Of Darkness" saiu há um dia e já está a fazer destruição nos nossos corações. Está lá tudo como antes, ninguém inventou nada de novo aqui. E ainda bem. As guitarras continuam com riffs deliciosos e os solos que são só deles (ouviram, ó Pontos Negros e afins!! ouviram?!). A voz de Julian está como sempre. Maravilhosa. Funde-se tudo com a energia que dá vontade de saltar e temos assim uma boa amostra do que será o novo disco. Raios. E que disco.

A única coisa que aqui muda é a minha vontade de dedicar esta música a uma amiga. Rita. A estreia é para ti! Porque sei que vais estar a dançar e a saltar tanto quanto eu.

The Strokes - Under Cover of Darkness

PS: Se isto do disco novo significar tour, não percam os Strokes em concerto: Divinal!

Aqueles dias...

Gosto muito do álbum de estreia das suecas Those Dancing Days, editado há pouco mais de 2 anos, onde o brilho da pop apresenta improváveis tonalidades soul. Vão lançar em breve o seu segundo longa-duração, que já possui duas amostras intrigantes que se afastam de "In Our Space Hero Suits". A primeira, cujo mp3 foi disponibilizado gratuitamente, possui um nome curioso - "Fuckarias" - e uma toada rock bem impressa na guitarra e no ritmo tribal (a Cissi Efraimsson é a minha baterista contemporânea favorita há já algum momento). O segundo single, "Reaching Forward", encerra uma certa obscuridade oposta à celebração do disco anterior. Estou curioso em relação ao que aí vem.

Those Dancing Days - Fuckarias

James Blake - James Blake (2011)

Depois de 3 magníficos EPs, que ajudaram a estabelecer James Blake como um dos destaques do ano passado, o compositor-cantor-produtor-DJ por fim lança o seu álbum de estreia, onde as pistas apresentadas convergem num objecto onde a perfeição formal convive com sons estranhos e indígenas. Álbum de emoções contidas, onde a voz de Blake deriva sobre as imensidões opressivas do dubstep e descargas de estática abrasiva. Soberbo e para polarizar opiniões.
Destaco “The Wilhelm Scream”, “Limit To Your Love” e o hipnótico “I Mind”.
jamesblakemusic.com
www.myspace.com/jamesblakeproduction
www.youtube.com/user/jamesblakeproduction

Esta semana a acariciar os ouvidos... do Puto

Cherry Ghost - Beneath This Burning Shoreline

Local Natives - Gorilla Manor (Limited Collectors Edition)

Lower Dens - Twin-Hand Movement

Vários - My Mind Goes High: Psychedelic Pop Nuggets From The WEA Vaults

TORO Y MOI, coisas boas e outras banalidades.

Já aqui tinha falado deste maravilhoso projecto de Chaz Bundick. Escolhi-o (com o Causers of This) como um dos discos de 2010 e apontei logo para o seu segundo disco que tem edição prevista para 22 deste mês de Fevereiro (Underneath the Pine). Os singles estão a sair. E já há um mês que trago esta "Still Sound" na cabeça. Esperei perceber se isto me iria agradar como o disco anterior. E que maravilha. A voz de Chaz está deliciosa. Transporta-me para uma Primavera que teima em não chegar. Música para se ouvir deitado na relva, ou em alternativa, no final de tarde de uma qualquer cidade, desde que seja à beira rio. Aproveitem também o video. Filmado em Super 8, é uma verdadeira inspiração. De tão simples que é. Dá vontade de lá estar também.

São coisas banais. Mas que nos sabem sempre bem. Por isso, estejam onde estiverem, deixem-se levar por este pedaço. Não percam a estreia do disco e sintonizem-se aqui no blog para mais informações. Paz.

John Barry R.I.P.

Faleceu anteontem o músico e compositor John Barry. Foi responsável pela banda sonora original de imensos filmes, entre eles a série 007, na qual o seu envolvimento se tornou emblemático. As suas composições são elementos fundamentais dos filmes que integram mas constituem só por si peças ricas e influentes. O seu legado, onde elementos clássicos e contemporâneos, tais como o jazz e o rock, se fundem em temas extraordinários, tem o seu lugar assegurado tanto na história da música e do cinema como na memória colectiva. Paz à sua alma e louvor à sua obra.

Batalhas

Depois dum bom álbum de estreia envolto em negrume e dum segundo esforço algo desfocado, os Celebration saíram da 4AD, optando por meios menos tradicionais para divulgar a sua música. O trio de Baltimore decidiu disponibilizar gratuitamente novos temas na sua página e publicar os respectivos "vídeos tarot". Nota-se uma clara evolução, pois a música respira mais facilmente e a voz de Katrina, que muitos conhecem de temas com os TV On The Radio ("Staring At The Sun" e "Wolf Like Me", por exemplo), está mais liberta e luminosa. Deixo como exemplo a faixa a dois tempos que encerra o recém-editado terceiro álbum.

Celebration - Battles